Diário de Curitiba

Escolas particulares de Curitiba levantam dados sobre infecção por Covid-19 em suas instituições

O grupo quer demonstrar, por meio de estatística, que as escolas infantis não são vetores para a doença

Foto: Ilustração/Getty Images

Às vésperas de finalizar o prazo estipulado pelo decreto emitido pela prefeitura de Curitiba, que proibiu a realização de aulas presenciais, um grupo de escolas particulares da capital resolveu consolidar os dados relativos à Covid-19 nessas instituições para demonstrar à opinião pública e às autoridades que as escolas, seguindo os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias, não são vetores da doença. Cada uma das escolas enviou na manhã desta quinta-feira (18) um documento com os dados à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

Ao todo, participaram da ação 20 escolas infantis, que, somadas, têm mais de 5,1 mil alunos e que seguem todos os protocolos descritos para o funcionamento, com dados coletados entre janeiro e fevereiro de 2021, período no qual as escolas se mantiveram em funcionamento em regime de colônia de férias e/ou com aulas presenciais curriculares.

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No período, as instituições não registraram a transmissão direta entre os alunos ou colaboradores no ambiente escolar. Foram registrados 14 casos em estudantes, o que corresponde a 0,28% do total, mas, como essas transmissões ocorreram no núcleo familiar (com caso positivo entre os pais inicialmente), as crianças já não estavam frequentando as aulas presenciais no momento. Da mesma forma, entre os colaboradores das escolas, o número de casos no período foi de 17 profissionais, mas estes também já estavam afastados por conta de suspeita de casos no núcleo familiar.

“O protocolo estabelece que, em casos suspeitos da doença, estudantes ou colaboradores das escolas se afastem do ambiente escolar até a confirmação ou não, realizada por testes”, explica Esther Cristina Pereira, diretora da Escola Atuação, uma das participantes do movimento das escolas. “O que estamos pedindo nesse momento é que possamos atender as crianças menores, até os 7 anos de idade, que não têm como ficar em casa sozinhas por conta do trabalho dos pais”, frisa.

Serviços essenciais

Ana Baroni, diretora da Escola Criativitá, que também integra o grupo, conta que a instituição atende 120 alunos, sendo que 90 deles são filhos de profissionais da saúde. “Estamos localizados em uma área com muitos hospitais no entorno, então temos um grande número de estudantes filhos de médicos, enfermeiros, anestesistas e demais profissionais da saúde”, aponta. “Desde quando fomos permitidos a reabrir, em novembro, estávamos funcionando na capacidade máxima permitida, pois esses pais precisam de nós”, conta.

Ainda segundo Ana, para garantir o funcionamento nos protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde, foram feitas diversas modificações físicas na escola, que representam um investimento da ordem de R$ 50 mil. “Além das mudanças na infraestrutura, ainda aumentamos o nosso quadro de colaboradores em 40% para poder dividir as turmas”, explica.

As escolas participantes do levantamento de dados são:
Caminho Para o Futuro;
Primeira Opção;
Ursinho Pimpão;
CEI Porto Seguro;
Escola Faz de Conta;
Cantinho Feliz;
Criança em Foco;
Escola Lumen;
Escola Trilhas;
CEI Flor Criança;
Little Kids;
Little Baby;
Espaço de Criança;
Escola Criativitá;
Recanto Infantil;
Tistu Escola;
Colégio Everest Internacional;
Peixinho Dourado;
Centro Educacional Cristão de Curitiba;
Escola Atuação.

Colaboração Assessoria de Imprensa

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