Por: Patrícia da Paz
Quão nutritivo anda o lixo da sua casa? Em um breve levantamento sobre o assunto podemos nos informar do desperdício de alimentos nos lares brasileiros, como frutas e verduras, entre outros alimentos. Aproximadamente 10% dos desperdícios são durante manuseio e colheita, 30% durante transporte e armazenamento, 50% durante passagem pelo comercio e varejo, e 10% nos domicílios. Se considerarmos o volume de compra de hortifrúti de uma casa, este percentual é elevado, esse número pode chegar a 30%, se for considerado todo o percurso dos insumos durante o processo de preparo. Quando falamos de desperdício, isso vai muito além das sobras de arroz, que ficam esquecidas nos potinhos coloridos no fundo da geladeira. Cascas, talos, sementes são descartados, e na maioria dos alimentos eles podem ser consumidos, e contem alto índice de nutrientes. Em uma sociedade heterogenia, a classe social acaba auxiliando no aumento deste índice, por não ter condições de armazenamento adequado, e falta de conhecimento, o desperdício pode ser inevitável. Mas, muito além de falar de números, uma atitude simples, porém esquecida é a organização. Ter em mente que nossa alimentação contém estágios, sazonalidade e planejamento, o resultado final chega ao prato com muito mais sabor, depois de todas as etapas já previamente planejadas. O que gostaria de trazer é a atenção e a curiosidade em provar, e poder consumir os alimentos em sua totalidade. As sementes podem ser usadas como farinhas, petiscos e até mesmo leites vegetais, como por exemplo, a semente de melão, uma excelente fonte de proteínas e agentes antioxidantes. Esses são apenas dois exemplos que costumam parar no lixo doméstico. Parte da iniciativa para uma nova consciência alimentar, é perceber como já mencionei anteriormente, que muitos são os componentes da cadeia, e nela o fornecedor é um parceiro importante, saber de onde vem o alimento, pode trazer benefícios. Produtos orgânicos torna o consumo integral dos alimentos ainda mais saudável. O armazenamento é outro fator que contribui, se não for usar de imediato, congelar talos e cascas é sempre uma opção, pois depois podem ser utilizadas em sopas, bolos e farofas. E se depois que tudo for devidamente aproveitado, há ainda a oportunidades das sobras e aparas, e partes não digeríveis, serem utilizadas como insumo orgânico para hortas.
• Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!
Agora, a observação vem de que além de trazer mais economia e saúde a vida, ter uma prática de redução de desperdício é um ato de solidariedade e preservação ambiental. Pensando neste tema, trouxe uma opção de muffin salgado para o lanche dos pequenos, ou para levar ao trabalho. A sugestão para a próxima compra é saborear das inúmeras possibilidades, que antes acabariam no lixo. Aproveitem desta orgânica possibilidade.
Muffin Salgado:
1 Xícara de Aveia em Flocos
1 Ovo
½ Xicara de leite integral ou vegetal
3 a 4 Talos de couve
3 a 4 Talos de beterraba
½ Cenoura ralada (com casca)
2 Folhas de alho poró
1 colher de café de fermente químico
Sal
Páprica defumada
Açafrão
Modo de preparo:
Cortar os talos, e a cenoura em cubinhos, as olhas de alho poro em tiras finas, colocar em um bowl, acrescentar os demais ingredientes, deixando o fermento por ultimo. Quando todos os estiverem incorporados em uma massa homogênea. Colocar em forminhas de papel, e levar ao forno pré-aquecido, até crescer e dourar, e depois é só servir. Se desejar, pode acrescentar queijo.