Curitiba gerou o recorde de 30.244 novos empregos com carteira assinada nos primeiros sete meses do ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (26/8). É a maior geração de vagas para o período desde 2003, início da série histórica.
No mesmo período do ano passado, no auge da pandemia de covid-19, o saldo havia sido negativo em 21.032 vagas.
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“A cada mês estamos gerando mais empregos, com saldos positivos, que vêm recuperando aos poucos as perdas geradas pela pandemia. Curitiba é mais forte que as dificuldades”, disse o prefeito Rafael Greca.
O saldo do emprego formal é medido pela diferença entre admitidos e demitidos. Nos primeiros sete meses do ano, foram 247.933 contratações e 217.689 demissões. Curitiba liderou a geração de empregos no Paraná nos primeiros sete meses e foi responsável por 23% das vagas criadas no Estado, que totalizaram 132.328 no período.
O emprego em Curitiba foi puxado pelos setores de serviços, com saldo de 16.561 vagas, e construção civil, com 5.759. Mas os demais setores também tiveram desempenho positivo. O comércio gerou 3.703 vagas e a indústria, 4.163 novos empregos.
Julho
No mês de julho o saldo ficou em 4.440 novos empregos, colocando a capital entre as oito cidades do País que mais geraram vagas, consolidando a tendência de recuperação do mercado de trabalho. Foram 35.813 contratações e 31.373 demissões no mês passado.
Em julho, os destaques foram os serviços (3.416 vagas), comércio (700) e indústria (506).
Apoio do município
A Prefeitura de Curitiba mantém programas e ações para dar suporte à retomada do emprego, com apoio tanto para trabalhadores quanto para empreendedores. Os Liceus de Ofício, da Fundação de Ação Social (FAS), promovem cursos e preparam para o mercado de trabalho quem está em busca de qualificação. Além disso, os Espaços do Empreendedor da Agência Curitiba dão suporte a microempresários e microempreendedores individuais.
A Prefeitura também vem adotando medidas para reduzir o impacto da pandemia sobre a economia do município. Entre elas, a criação de um fundo de aval, de R$ 10 milhões, com potencial para alavancar até R$ 100 milhões em investimentos por parte das empresas curitibanas.
O número de atividades incluídas na lei de liberdade econômica foi ampliado. A lei prevê a dispensa de alguns alvarás para atividades de baixo risco, facilitando o processo de abertura de empresas e reduzindo a burocracia. No ano passado, o número de atividades abrangidas pela lei passou de 242 para 545 na capital.
O município também prorrogou o prazo de pagamento de impostos e promoveu um programa de refinanciamento, o Refic-Covid-19, que permitiu o parcelamento de débitos em até 36 meses. A Prefeitura também tem aprovou nessa semana na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) dois projetos que voltados para o setor de eventos culturais. O primeiro prevê a utilização de R$ 2,7 milhões para projetos desse segmento. O segundo prevê a moratória de dívidas, até o fim do ano, para acesso às certidões negativas que as instituições financeiras exigem para a concessão de empréstimos.