Diário de Curitiba

A Pequena Sereia: Uma Jornada Encantadora Sob as Ondas

O desenho lançado em 1989 pela Disney nos presenteou com uma das princesas mais amadas de sua constelação. Agora, a tão aguardada live-action de “A Pequena Sereia” finalmente estreia na quinta, dia 25 de maio, com Halle Bailey brilhando no papel de Ariel. E devo dizer, está simplesmente deslumbrante. Sou parte da geração que se apaixonou por Ariel. Nasci em 1981 e tinha apenas oito anos quando o desenho foi lançado. Lembro-me de assistir à fita VHS alugada na Cartoon Vídeos e me encantar com aquela história mágica.

Pôster de Divulgação

No entanto, foi um pouco mais tarde que Ariel entrou de vez na minha vida. Em algum momento, ganhei um livro acompanhado de uma fita cassete. Meu irmão era pequeno na época, e já morávamos perto da praia. Passamos horas ouvindo repetidamente aquela história encantadora. Eu ouvia a narração pelo rádio enquanto acompanhava as ilustrações do livro, que traziam cenas do filme.

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A narração dessa história em fita cassete apresentava vozes mais maduras, muito diferentes do que foi apresentado na versão live-action. Confesso que levei um susto inicial ao assistir ao filme atual. Minha memória guardava as referências daquelas vozes para os personagens. Felizmente, pude assistir à versão legendada, e as canções estão simplesmente incríveis. Eu não conhecia o talento de Halle Bailey, a estrela pop, mas sua voz encantadora e atuação envolvente me conquistaram completamente.

O Cabelo de Ariel: Um Símbolo de Empoderamento e Representatividade

Um dos pontos que mais me marcaram nessa versão da história foi o cabelo de Ariel. Antes mesmo do filme começar, um grupo de pessoas sentado na mesma fileira que eu, começou a tecer comentários sobre a escolha da atriz. Uma das mulheres disse: “Estou pronta para criticar a Disney. Para quê? Para quê? Por que mexer com o nosso…”. As vozes se elevaram simultaneamente, e não consegui entender mais nada.

Fiquei imaginando o que essas pessoas esperavam. A ideia de um cabelo vermelho como fogo esvoaçando no fundo do mar me parece menos crível do que a própria existência das sereias. O tom de ruivo escolhido é simplesmente deslumbrante, e manter os dreadlocks foi uma decisão importantíssima para a construção da personagem. Acredito que essa seja a melhor resposta para a pergunta feita pela minha vizinha de fileira. Basta eliminar o racismo da estrutura do pensamento, e então passamos a ver pessoas negras e suas culturas em todos os lugares e posições, não apenas desempenhando os papéis que a branquitude deseja lhes impor.

Uma Nova Perspectiva: A Ilha do Príncipe Eric

Outra decisão acertada foi a exploração e a apresentação mais detalhada do local onde o príncipe Eric reside. De acordo com a direção do filme, trata-se de uma ilha fictícia no Caribe. Essa escolha me encantou. Tudo é colorido, com muito sol e animação na vila que cerca o castelo. O filme foi dirigido por Rob Marshall, que já havia trabalhado em “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, que também é repleto de sereias.

Sebastião (Daveed Diggs) continua sendo um dos personagens mais engraçados, juntamente com a gaivota Sabidão (Awkwafina). No entanto, achei que o Linguado (Jacob Tremblay) ficou um pouco apagado nessa versão. Talvez eu tenha me apegado demais à sua representação caricata no desenho anterior e não tenha me desprendido dessa imagem.

A Bruxa do Mar e as Cenas Hipnotizantes Sob as Ondas

E o que dizer dos tentáculos da Úrsula – a Bruxa do Mar? Melissa McCarthy sempre me conquista, não importa o papel que ela interprete. Mas os tentáculos, gente, parecem ter vida própria. As enguias que servem à Ursula são realmente sinistras. O fundo do mar está hipnotizante em várias cenas, especialmente naquela que eu mais esperava. Quando Sebastião, o siri conselheiro do rei Tritão e, digamos, tutor de Ariel, canta “Under the Sea”. Nesse momento, voltei a ser a criança que ouvia a fita cassete, relembrando a magia daquela história encantadora.

E não posso deixar de mencionar a cena romântica em que Ariel passeia de canoa com o príncipe Eric (Jonah Hauer-King). É uma sequência simplesmente belíssima. Sebastião continua sendo meu cantor favorito, depois de Ariel, é claro. Quando ela entoa os cânticos de sereia, é como se uma doçura infinita tomasse conta do ambiente. Espero que todos que forem assistir ao filme se encantem da mesma forma que eu me encantei. Afinal, às vezes é simplesmente maravilhoso acreditar na magia e na fantasia.

Não deixe de conferir o filme “A Pequena Sereia” nos cinemas e se envolver com essa jornada encantadora sob as ondas. Permita-se mergulhar nesse universo mágico e reviver a emoção que essa história proporciona. Aproveite toda a beleza visual, as canções memoráveis e a atuação cativante do elenco. Prepare-se para se apaixonar novamente por Ariel e deixe que ela inspire a sua imaginação. Compartilhe essa experiência com a família e amigos, e embarque em uma aventura que vai aquecer seu coração.

Confira o trailer

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