Festival Crossroads foi para além do rock e da música, reunindo diversão, gastronomia e empoderamento feminino

No último sábado (15), Curitiba recebeu a sexta edição do Festival Crossroads do Dia Mundial do Rock, o maior festival dedicado à data do Paraná. Com 50 atrações musicais, seis palcos e 15 horas de música, o evento ocupou a Pedreira Paulo Leminski e a Ópera de Arame, promovendo a disseminação da cultura rock n’roll. 

Mas o festival foi além da música e do rock, o evento proporcionou uma experiência familiar, regado de diversão, moda sustentável, gastronomia, saúde e beleza. Já de cara me surpreendi com a equipe da Clínica Faiçal, oferecendo massagens gratuitas durante o evento. Também teve uma equipe do Torriton oferecendo retoque na maquiagem e delineado, tudo free.

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Para a criançada, o espaço Kids estava repleto de opções para o entretenimento dos pequenos. Camas elástica, brinquedos infláveis, entre outros. Também estava rolando área de skate, brechós, feira de vinil, flash tattoo, tirolesa, encontro duas rodas, entre muitas outras atividades para toda a família. Um destaque especial para a gastronomia, que oferecia desde cachorro-quente, torresmos e até os deliciosos hambúrgueres da Comodoro Burguer.

Na música, todas as bandas arrebentaram, mas meu destaque vai para a banda Sinistra que tocou no Palco DMR Lagunitas. A banda é composta por ex-integrantes de grandes bandas do metal nacional. O álbum autointitulado “Sinistra” foi eleito um dos destaques do ano pela revista especializada Roadie Crew. Com letras que abordam temas sombrios e misteriosos, envoltos em uma atmosfera densa e única, a banda arrasou no Festival.

Representando o rock nacional, meu destaque vai para a banda F4T, que tocou Charlie Brown JR. Também para a CPM 22 Cover Brasil, Raimundera CWB tocando Raimundos e a banda Plebe Rude, que é um ícone do punk rock nacional, com mais de 40 anos de história e 500 mil álbuns vendidos. O grupo mineiro  Black Pantera também animou os curitibanos. A banda, cujo nome é uma homenagem aos Panteras Negras, aposta no trash metal e em letras que abordam temas como racismo e discriminação é formada por Charles Gama (guitarra, vocal), Chaene de Fama (baixo) e Rodrigo “Pancho” Augusto (bateria).

Algumas bandas soaram como prévias para os shows internacionais que irão acontecer nesse segundo semestre, como a banda Sulround que tocou Red Hot Chili Peppers que tem show marcado no Estádio Couto Pereira dia 13 de novembro. Afoostic tocando Foo Fighters que também tem show no couto agendado para sete (07) de setembro. Pigs & Diamonds tocando Pink Floyd, músicas que certamente estarão no show do Roger Waters que vai tocar na Arena  da Baixada quatro (04) de novembro.

Além do rock, também teve shows de reggae, com destaque às bandas Marley in Concert e Zion’z tocando reggae metal no Palco Thunderstruck/Coca-Cola.

Empoderamento Feminino:

A participação feminina no Festival Crossroads foi de arrepiar. A banda curitibana TN/She, uma das melhores bandas covers do ACDC e composta só por garotas, levantou a galera no Palco DMR Lagunitas. A banda Lady Die, que tem uma vocalista mulher, tocaram diversas músicas, mas principalmente músicas com vocais femininos, como Alanis Morissette e The Cranberries. Já a banda Suicide Blonde, que tem vocal feminino, arrasou ao dar espaço para a nova vocalista, que também é uma mulher.

Público:

Neste ano, o Festival Crossroads do Dia Mundial do Rock reuniu mais de 15 mil pessoas no Parque das Pedreiras. E o mais bacana é que o evento era classificação livre. Assim, desde os pequenos “rockeirinhos” até os mais velhos puderam prestigiar os shows.

O roqueiro de carteirinha Julio Augusto Gonzaga, juntamente com seu filho Vitor Gonzaga, conta que a experiência foi incrível. “Pudemos aproveitar cada segundo dessa experiência marcante. Uma pena não poder estar em todos os palcos ao mesmo tempo, mas deu para fazer a seleção das preferências e vivenciar intensamente esse dia incrível e viva o rock!”, declara Julio.

Para Alessandro Reis, idealizador do Festival Crossroads e fundador do Bar Crossroads, referência na cena rock de Curitiba há 26 anos, Curitiba comprovou que segue no topo como a capital do rock, transcendendo a musicalidade e impactando gerações de todas as idades no seu estilo de vida, de agir, de consumir arte e cultura.

“Estamos muito felizes em ver como o público curitibano abraçou o Festival Crossroads. A cada edição, temos cada vez mais certeza que estamos no camonho certo para promover um evento voltado para toda a família e unir todas as gerações por meio do bom e velho rocl n’roll. O rock é para todos”, finaliza Reis.