Diário de Curitiba

Besouro Azul: filme de herói revela uma identificação cultural única e momentos de autêntico humor.

Foto: divulgação / Warner Bros. Pictures

A última vez que tive a oportunidade de ir ao cinema e desfrutar de um filme de heróis foi durante a sessão de Deadpool. Embora não seja uma grande entusiasta de filmes de ação, a perspectiva de ver Bruna Marquezine na tela grande foi o que me impulsionou a comparecer ao Cine Passeio. Devo admitir que essa foi minha estreia nas exibições do cinema. No entanto, foi uma grata experiência .  

Enredo e Expectativas atendidas  

O enredo do filme “Besouro Azul” não introduz elementos inéditos; todos os clichês característicos dos filmes de heróis estão presentes. Pessoalmente, senti falta daquela clássica cena onde a mocinha é levada para um voo empolgante graças a seus superpoderes, mas essa cena demorou a se concretizar. No entanto, a última cena do filme finalmente proporcionou esse momento tão aguardado.

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O Toque de Genialidade: A Dinâmica Familiar

O que realmente distinguiu o filme para mim e o tornou absolutamente cativante é a divertida dinâmica da família do protagonista. O personagem Besouro Azul, cujo nome é  Jaime Reyes , interpretado por Xolo Maridueña, é um jovem mexicano que retorna à sua cidade natal após completar seus estudos. Ele se depara com um futuro incerto e desafiador. Num contexto de gentrificação que está remodelando a cidade, a família Reyes adota o lema poderoso de “ÂNIMO”.  

 Foto: divulgação / Warner Bros. Pictures

Humor e Identificação Cultural

O filme não evita os estereótipos associados às famílias latinas. Ao contrário, abraça essas características e as transforma em fonte de riso e conexão. Na sala de cinema em que assisti ao filme, todos riram em uníssono quando Nana, a matriarca da família, soltou o icônico grito: “Morte aos imperialistas!” Cada personagem que compõe o núcleo familiar de Jaime é dotado de momentos que nos envolvem, seja através do humor ou do drama.  

Referências e Conexões cinematográficas  

Apesar de não ser uma grande admiradora de filmes de heróis, entendo que “Besouro Azul” está repleto de referências a outras produções do gênero. Embora eu pessoalmente não as tenha captado, colegas que assistiram ao filme comentaram sobre a presença abundante dessas alusões. Entretanto, destaco a referência ao universo de Chapolin, Chaves e Maria do Bairro, que me arrancou gargalhadas a ponto de minha barriga doer.

Susan Sarandon e Bruna Marquezine

 Foto: divulgação / Warner Bros. Pictures

Minhas expectativas em relação à vilã do filme foram elevadas ao ver Susan Sarandon na tela. Infelizmente, esse aspecto do filme me deixou um tanto desapontada, acontece. Quanto a Bruna Marquezine, é difícil não mencionar sua presença marcante. A inclusão de uma frase falada em português no clímax de toda a adrenalina é um toque de euforia. Marquezine prova que é espetacularmente bela mesmo trajando calças de moletom e regata. Suas habilidades de atuação ainda são dignas de reconhecimento, lembrando os tempos em que interpretava Salete na novela. Sim, ela continua chorona.  

Um Olhar Final sobre “Besouro Azul” 

Em síntese, o filme “Besouro Azul” adere aos padrões clássicos das aventuras de super-heróis. Essa produção, sob condições normais, não teria sido minha primeira escolha para uma ida ao cinema. Contudo, o filme oferece momentos de riso genuíno e personagens que conquistam nossa empatia. Será que essa obra se transformará em um fenômeno de bilheteria? Minha opinião é que, para alcançar esse feito, seria necessário um toque adicional de ousadia.

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