Cirurgias plásticas são moda em todo o planeta. O faturamento global do setor gira entre US$ 65 e US$ 87,5 bilhões anuais de acordo com publicação da IstoÉ com dados da Patients Beyond Borders, uma revista especializada em turismo cirúrgico. Parte dessa verba é despejada nas clínicas brasileiras por interessados vindos de outros países.
Conforme a revista, o gasto médio de pacientes estrangeiros no Brasil é de cerca de US$ 3,4 mil, incluindo o procedimento, serviços de acomodação e de transporte, alimentação, acomodação, etc. Valor considerado bem abaixo se comparado ao serviço oferecido em países da Europa e nos Estados Unidos.
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“Uma das principais vantagens que o mercado brasileiro oferece é a concorrência dos preços. Os valores praticados por aqui são de 20% a 30% menores do que as clínicas estrangeiras”, revela Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica.
A FVG já realizou cerca de 15 mil procedimentos cirúrgicos. Ele chama a atenção para este aspecto, que é outro motivo que atrai pacientes de fora do país. “De modo geral, as clínicas brasileiras oferecem infraestrutura qualificada, profissionais de gabaritados e atendimento eficaz. Isso é um privilégio, porque a realidade estrangeira é diferente. Muitas vezes o paciente enfrenta uma fila de espera que desestimula o procedimento”, explica.
Ainda de acordo com o editorial da IstoÉ, o Ministério do Turismo vem identificando um fluxo maior de pessoas que desembarcam no Brasil, dentre eles brasileiros residentes no exterior, quase que exclusivamente para realizar algum procedimento. Por ano, aponta a própria Patients Beyond Borders, são realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas, das quais 7% – cerca de 105 mil – são em estrangeiros. As filas reduzidas se devem à quantidade de profissionais da área: por aqui, existem hoje pouco mais de 6 mil cirurgiões habilitadas a oferecer o procedimento.
Em 2022, o mercado local viu um aquecimento de 13% em relação a 2021, mas a expectativa do setor é ainda mais ousada para os próximos anos. Até 2027, espera-se que o crescimento alcance a faixa dos 35%. “O desafio é que os donos de clínicas se preparem para receber uma quantidade ainda maior de pessoas, porque a tendência é de que essa demanda se eleve muito. Este é um cenário bastante tangível, pois o crescimento é bastante evidente no dia a dia”, garante o cirurgião.