Diário de Curitiba

Especialista lança livro sobre 30 desastres nucleares no mundo

Foto: Divulgação

Em setembro de 1987, o Brasil enfrentou a maior tragédia radiológica da história mundial fora de uma usina nuclear, com o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia. Esse e outros acidentes nucleares inspiraram Paola da Costa Rosa, especialista em Proteção Radiológica pela UTFPR, a escrever seu primeiro livro, Acidentes Radiológicos, publicado pelo Grupo Editorial Appris. A obra relata 30 catástrofes globais registradas pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), incluindo os casos de Sanli’na, na China (1963), Setif, na Argélia (1978), Casablanca, no Marrocos (1984), Pensilvânia, nos Estados Unidos (1992), Meet Halfa, no Egito (2000), e Bia?ystok, na Polônia (2001).

O lançamento será no dia 27 de setembro, às 17h, na Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba. O livro detalha as causas, falhas operacionais e brechas de segurança em cada incidente, além de suas consequências imediatas e de longo prazo. Paola também aborda a importância das regulamentações internacionais e da educação em radioproteção para evitar futuros acidentes.

“A radiação é segura e indispensável, mas os acidentes, como os aéreos, embora raros, têm um impacto imenso devido à gravidade e à cobertura midiática, gerando medo”, afirma Paola, que também é mestre em Ciências pela UTFPR. A autora examina os avanços na área após cada incidente e oferece uma análise das “lições aprendidas”, conceito utilizado pela IAEA para orientar novas regulamentações e práticas de segurança.

Com uma abordagem acessível, o livro busca atingir tanto especialistas quanto o público geral. “Quis simplificar o conteúdo para que todos possam entender a natureza desses acidentes, evitando alarmismos. Minha intenção é fornecer informações que ajudem a diferenciar notícias sensacionalistas dos riscos reais”, conclui Paola. A obra é uma contribuição fundamental para o campo da segurança radiológica, com o objetivo de evitar a repetição dos erros do passado e garantir um futuro mais seguro no uso de tecnologias radiológicas.

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