Ícone do site Diário de Curitiba

Equidade de gênero na liderança levará 25 anos, diz estudo

O relatório Women In Business 2025 — produzido pela Grant Thornton, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo — mostra que a participação feminina em cargos de liderança segue crescendo, mas a paridade de gênero continua distante. No ritmo atual, serão necessários 25 anos para as mulheres ocuparem metade das posições de liderança nas empresas de médio porte — um cenário que exige ações mais concretas para acelerar esse avanço.

Os números reforçam essa urgência:?

Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!

 

 

 

“O Brasil se destaca como um dos protagonistas na promoção da equidade de gênero na América do Sul, impulsionado pela Lei da Igualdade Salarial e pelo compromisso voluntário com iniciativas de diversidade e inclusão. Ao longo dos anos, diversas ações reforçam esse avanço. No entanto, o crescimento ainda é lento e precisa de ações mais estruturadas”, afirma Élica Martins, sócia de Auditoria da Grant Thornton Brasil.

Brasil apresenta leve recuo na participação feminina

Apesar da liderança regional, o Brasil registrou uma queda de 0,4% na participação de mulheres na liderança, atingindo 36,7%. Segundo Élica, um dos fatores que contribuiu para essa retração foi a mudança nos modelos de trabalho: “Durante a pandemia, a adoção do trabalho remoto possibilitou uma maior presença feminina na gestão. No entanto, o retorno ao modelo híbrido trouxe desafios adicionais, afetando o avanço da equidade de gênero, pois as empresas não estavam preparadas para criar um ambiente seguro e acolhedor neste retorno”.

Pressão externa acelera mudanças nas empresas

Um dos destaques do relatório é a crescente pressão sobre as empresas para demonstrar esforços concretos em diversidade e inclusão. Segundo os dados:?

“As empresas de médio porte estão percebendo que, para negociar com grandes corporações — que já possuem metas claras de diversidade —, é essencial ter estratégias bem definidas para equidade de gênero”, analisa Élica. “Oferecer programas voluntários, mentoria, flexibilidade no trabalho são ações possíveis”, completa.

Próximos passos

Para evitar que mais uma geração de mulheres seja deixada para trás, o relatório Women in Business 2025 destaca a importância de ações concretas. Segundo Élica, as empresas precisam:

“Se o Brasil acelerar a inclusão feminina em cargos estratégicos, poderá impulsionar ainda mais seu crescimento econômico, seguindo a tendência global de que equidade de gênero gera inovação e rentabilidade”, explica a executiva. “Contratar mais mulheres não basta. Sem iniciativas eficazes para desenvolver e reter talentos femininos, as empresas perderão competitividade e limitarão seu potencial de crescimento”, finaliza.

Sair da versão mobile