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OEBI define critérios de qualidade para o ensino bilíngue

O ensino bilíngue tem ganhado força como uma estratégia educacional que ultrapassa a simples fluência em outro idioma. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada pela Rádio USP, mostra que aprender uma nova língua favorece a flexibilidade cognitiva, retarda o envelhecimento cerebral e amplia as formas de interação social, além de proporcionar benefícios culturais e profissionais ao longo da vida.

Para que esses resultados sejam consistentes, escolas e profissionais precisam seguir parâmetros reconhecidos. É nesse contexto que a Organização das Escolas Bilíngues Internacionais (OEBI) atua há 25 anos, estabelecendo critérios de qualidade e excelência educacional, estimulando o intercâmbio de boas práticas, fortalecendo a comunidade escolar e buscando assegurar que o ensino bilíngue siga padrões internacionais.

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Segundo Beto Silveira, diretor de expansão da OEBI e CEO do Colégio Brasil Canadá, a atuação da organização se baseia na experiência coletiva de suas escolas associadas. “A OEBI já acompanhou inúmeros projetos ao longo de mais de duas décadas e sabe o que funciona na prática, isso tem como foco garantir que o ensino bilíngue oferecido tenha uma proposta pedagógica sólida”, afirma.

Critérios e desafios para reconhecer uma escola bilíngue

Para integrar a OEBI, as instituições precisam estar regularizadas, ou em processo de regularização, e atender requisitos mínimos de carga horária em segundo idioma. Na Educação Infantil, ao menos 75% da jornada diária deve ser ministrada em língua estrangeira. No Ensino Fundamental I, o mínimo é de um terço da carga horária, enquanto no Ensino Fundamental II e Ensino Médio, o parâmetro é de 25% das aulas diárias.

Além do tempo de exposição ao idioma, o regimento prevê diretrizes para a qualificação dos profissionais e a vivência diária na escola com o objetivo de criar um ambiente de imersão linguística e culturalmente integrado. A adoção desses padrões tem como premissa ajudar a evitar um dos principais desafios apontados pelo diretor: a diferença entre a proposta divulgada e a realidade praticada.

“Infelizmente, muitas escolas vendem a ideia de serem bilíngues, mas não oferecem carga horária ou profissionais adequados, e os pais só percebem essa incoerência depois de alguns anos”, observa Silveira.

Outro desafio, segundo Silveira, é garantir a continuidade do projeto. “A contratação e rotatividade de profissionais qualificados prejudicam a consistência, enquanto o aumento de custos pode dificultar a manutenção de mensalidades acessíveis”, afirma. Por isso, de acordo com ele, implementar um ensino bilíngue de qualidade exige planejamento, investimento e analisar as dificuldades mais comuns.

Como diretor do Colégio Brasil Canadá, Silveira reforça a importância da escola participar da OEBI: “É uma forma de fortalecer o compromisso com a qualidade. Para nós, funciona como uma chancela, uma comprovação de que seguimos práticas reconhecidas e podemos oferecer aos alunos uma formação alinhada à proposta do ensino bilíngue”.

Na avaliação do especialista, o avanço da regulamentação no setor é essencial para evitar distorções no uso do termo “bilíngue” e para ampliar o acesso a um modelo de ensino realmente transformador. “O bilinguismo não pode ser apenas uma estratégia de marketing, trata-se de uma escolha pedagógica que exige compromisso e parâmetros claros para gerar impacto real na vida dos alunos”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://colegiobrasilcanada.com.br/

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