Ícone do site Diário de Curitiba

RevOps integra processos e pode ser diferencial competitivo

Em uma empresa, ao invés de cada departamento operar de forma isolada, existe um ecossistema único, no qual os times compartilham processos, dados e métricas para melhorar sua previsibilidade e eficiência. Essa metodologia, chamada de Revenue Operations (RevOps), tem ganhado espaço nos últimos anos, com projeções expressivas de implementação de modelos RevOps em grandes companhias mundiais em 2025.

Gabriel Pavão, chief revenue officer (CRO) da YellowIpe, multinacional de tecnologia especializada em conectar empresas a soluções tecnológicas, afirma que o mercado brasileiro também passou a olhar para o RevOps como um diferencial competitivo. Ele diz que o ponto de virada foi a entrada massiva de software as a service (SaaS) no Brasil. Nesse modelo de negócio, ao invés de comprar uma licença vitalícia de um software, o cliente paga uma assinatura recorrente.

Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!

 

 

 

“Isso exigiu uma visão mais integrada, onde cada etapa da jornada do cliente impacta diretamente a receita. As empresas perceberam que apenas com uma operação unificada, baseada em dados e colaboração, seria possível competir com players globais e escalar de forma sustentável”, afirma Pavão. A empresa na qual ele atua é sediada em Portugal e presta consultoria de tecnologia da informação (TI).

Segundo o CRO, o RevOps se consolidou porque reduz falhas de comunicação e planejamento entre vendas, marketing e customer success, trazendo alinhamento em torno de dados e resultados. Empresas em crescimento precisam de agilidade, previsibilidade e eficiência — e RevOps pode entregar isso ao integrar processos, tecnologia e pessoas em um único fluxo orientado para receita, diz Pavão.

“A oportunidade está em gerar insights mais profundos sobre o cliente, acelerar ciclos de venda e aumentar retenção. Quando todos trabalham juntos com dados em tempo real, a tomada de decisão é mais assertiva e o crescimento, exponencial”, pontua o profissional.

O CRO da YellowIpe destaca algumas tecnologias e ferramentas que, na sua visão, têm sido essenciais para operacionalizar uma estratégia de RevOps bem-sucedida. “HubSpot, Salesforce e plataformas de analytics preditivo são essenciais. O uso de CRMs integrados, automação de marketing, sistemas de lead scoring e dashboards em tempo real permitem monitorar toda a jornada do cliente e ajustar rapidamente estratégias para maximizar resultados”, exemplifica.

Desafios para Chief Revenue Officers

Pavão, no entanto, considera que há desafios para a implementação de modelos RevOps. O maior deles consiste em sair do modelo de departamentos isolados para uma mentalidade colaborativa, orientada por indicadores compartilhados. Investir em tecnologia integrada, capacitar times para trabalhar com uma nova mentalidade e definir processos claros de governança são ações fundamentais para superar essa dificuldade, diz o executivo.

Ele ressalta a importância dos CROs na consolidação de estratégias RevOps bem-sucedidas, independentemente da área do negócio. “Os CROs trazem benchmarks globais, implementam tecnologias avançadas e criam estratégias de receita adaptadas ao contexto local. Minha experiência liderando operações em três continentes mostrou que combinar visão internacional com domínio de ferramentas digitais e foco em cultura de dados pode ser o caminho para criar modelos escaláveis e sustentáveis”, afirma.

Para Pavão, três tendências estão ganhando força em RevOps: automação inteligente de processos, uso intensivo de inteligência artificial (IA) para personalização e predição e integração total de dados entre áreas. Além disso, a cultura de experimentação e o uso de indicadores de receita em tempo real devem se tornar padrão para empresas que querem liderar o mercado.

“O RevOps é uma mudança estrutural na forma como empresas pensam e operacionalizam crescimento. Quem apostar nessa integração desde já estará à frente na disputa por relevância e resultado. A chave é unir tecnologia, pessoas e estratégia com foco total no cliente e na geração de valor”, resume Pavão.

Para saber mais, basta seguir o especialista Gabriel Pavão no LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/gabrielpavao/

Sair da versão mobile