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Planejamento e resiliência impulsionam empresas na expansão internacional

A sociedade atual, conectada e globalizada, fez com que a exportação de produtos e serviços deixasse de ser exercida apenas por grandes organizações para virar essencial nos negócios de qualquer empresa. Expandir os negócios para o mercado internacional é incentivado até pelo próprio Governo Federal.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aproximadamente 11 mil pequenos negócios sediados no Brasil exportaram produtos ou serviços para o exterior ao longo de 2021. A cada ano, em média, 1 mil novas micro e pequenas empresas ampliam seus negócios para outros países.

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Expandir fronteiras, sejam elas físicas ou de mercado, é um desafio que vai muito além da logística ou das finanças. Segundo Julio Amorim, CEO da Great Group, o primeiro obstáculo está dentro de cada empreendedor: o medo.

“Antes de colocar os pés em solo estrangeiro, os maiores desafios já surgem — o medo do idioma, a incerteza sobre a aceitação do produto e a apreensão de se conectar com clientes em um contexto totalmente novo”, afirma.

Esse processo, explica Amorim, é um verdadeiro teste de coragem e resiliência. A dúvida e a insegurança fazem parte da jornada, mas são justamente elas que moldam o aprendizado e a visão de longo prazo.

“O medo pode ser um aliado quando o encaramos como parte do processo. É ele que nos obriga a planejar melhor, estudar o mercado e buscar apoio especializado”, reforça.

Amorim destaca que o sucesso em uma expansão internacional depende de combinar fé, autoconfiança e método. Entender o mercado, conhecer os concorrentes e estruturar um plano são passos essenciais para transformar incerteza em ação.

“Aprendi que ter ao lado pessoas com determinação e fluência no contexto local faz uma diferença enorme. Uma parceria estratégica acelera o aprendizado e traduz não apenas as palavras, mas também as intenções”, comenta o executivo.

A expansão internacional é comparável a uma viagem sem mapa quando feita sem planejamento. A ausência de um plano de negócios mínimo expõe a empresa a riscos desnecessários. “A atitude é fundamental, mas sem método e gestão de riscos, o projeto se torna uma aventura, não uma estratégia”, observa Amorim.

Ele explica que mapear ameaças operacionais, culturais e legais é o que separa uma tentativa impulsiva de uma expedição estruturada. Antecipar questões logísticas, burocráticas e culturais, além de se conectar com parceiros estratégicos, reduz incertezas e aumenta as chances de sucesso.

Amorim destaca ainda que a governança corporativa deve ser uma aliada da agilidade, e não uma barreira. “A melhor governança é aquela que orienta sem engessar. Transparência e rapidez são pilares que garantem decisões seguras e eficientes”, explica.

A experiência internacional, segundo ele, reforça a importância de envolver especialistas locais, capazes de traduzir contextos e tornar processos complexos mais acessíveis.

Ao lidar com novas culturas, costumes e expectativas, o líder desenvolve duas competências essenciais: empatia e resiliência. “Empatia nasce do desejo de compreender o outro; resiliência, da capacidade de seguir firme mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis”, diz Amorim.

Essas habilidades, segundo o executivo, tornam as decisões mais equilibradas, conciliando resultados e cuidado com as pessoas — algo indispensável em ambientes multiculturais e desafiadores.

Para quem sonha em internacionalizar sua marca, Amorim resume a jornada em um conselho: “Jamais deixe de sonhar, mesmo quando todas as respostas parecem negativas. Planeje com rigor, cerque-se de pessoas competentes e aja com consistência. É assim que transformamos obstáculos em oportunidades e sonhos em resultados”.

A trajetória, afirma o CEO, é menos sobre superar fronteiras e mais sobre ampliar horizontes pessoais e empresariais.

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