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Início do ano impulsiona metas e interesse por autocuidado

No âmbito dos estudos comportamentais, a pesquisadora Katherine Milkman define como "efeito de renovação" (fresh start effect) o fenômeno em que datas simbólicas atuam como marcos temporais. Segundo a teoria, esses períodos impulsionam a motivação para o início de novos projetos, ajustes planejados e a revisão de hábitos e prioridades.

Esse período tende a favorecer reflexões sobre bem-estar e sobre formas de conduzir o cotidiano de maneira mais equilibrada. Ajustes na rotina, retomada de compromissos pessoais e a intenção de adotar novos comportamentos aparecem com frequência nessa fase, impulsionados pelo simbolismo de início que o calendário representa.

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A saúde mental também se destaca nesse cenário. Relatórios do Ministério da Saúde indicam crescimento contínuo no atendimento a condições como ansiedade e depressão na rede pública, conforme a edição nº 13 do relatório Saúde Mental em Dados, publicada em 2025. Embora não haja relação direta entre o início do ano e a demanda por cuidados específicos, o tema tem ganhado relevância em diferentes contextos, acompanhando o maior reconhecimento da importância do equilíbrio emocional.

Em âmbito global, instituições de saúde apontam que condições emocionais afetam milhões de pessoas e exigem atenção contínua. Esse panorama reforça a necessidade de espaços que facilitem o acesso a informações confiáveis e a profissionais habilitados, como guias que reúnem psicólogos e conteúdos sobre saúde mental. Nesse contexto, iniciativas como o Mindee atuam na organização e apresentação de profissionais da área, contribuindo para ampliar o acesso ao cuidado com a saúde mental.

A terapia segue reconhecida como uma das ferramentas disponíveis para quem busca compreender emoções e desenvolver estratégias para lidar com desafios cotidianos. Estudos da Organização Mundial de Saúde – OMS, indicam que intervenções estruturadas podem favorecer a construção de novas formas de enfrentamento, ainda que a procura por esse tipo de apoio não esteja diretamente relacionada a momentos específicos do ano.

Segundo a psicóloga e neuropsicóloga Gerllany Amorim, períodos de transição, como o encerramento de um ano e o início de outro, costumam ser associados a novos ciclos e podem influenciar a disposição das pessoas para reorganizar rotinas e estabelecer metas pessoais. De acordo com a profissional, esse movimento também se reflete no aumento do interesse por iniciar ou retomar cuidados com a saúde mental.

A especialista observa que a interpretação de um ano como "perdido" tende a simplificar experiências mais complexas, uma vez que mudanças de comportamento e decisões relacionadas ao bem-estar podem ocorrer em diferentes momentos, independentemente do calendário. Nesse contexto, a busca por acompanhamento psicológico aparece como um processo contínuo, que não está necessariamente condicionado a datas simbólicas.

"O interesse crescente por informações sobre saúde mental" também se reflete na ampliação de iniciativas que reúnem psicólogos(as) com registro ativo e oferecem atendimento presencial e online, como o Mindee. "A ampliação do debate sobre saúde mental tem levado mais pessoas a buscar informações qualificadas e profissionais habilitados, o que impulsiona a criação de espaços digitais voltados exclusivamente à organização desses dados", afirma Layssa Oliveira, cofundadora do Mindee.

A combinação entre o simbolismo do início do ano e a maior atenção ao autocuidado reforça que esse período tende a favorecer a revisão de prioridades. Mesmo sem ligação direta com a busca por terapia, a atmosfera de renovação frequentemente inspira decisões associadas ao equilíbrio emocional ao longo dos meses seguintes.

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