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Fachin anula condenações do ex-presidente Lula relacionadas à Lava Jato; petista volta a ser elegível

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira ( 8) a anulação de todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

Assim, o petista retoma os direitos políticos e pode se candidatar nas próximas eleições, em 2022.

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Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula. Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba não era o “juiz natural” dos casos.

A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.

“Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o texto da norta.

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

“Com a decisão, foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz texto de nota à imprensa do gabinete do ministro.

A decisão atinge o recebimento de denúncias e ações penais.

Lula tinha sido condenado em duas ações penais, por corrupção e lavagem de dinheiro, nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

Por causa da sentença do tríplex, o ex-presidente ficou preso por um ano e sete meses, entre 2018 e 2019 e não pode disputar a última eleição presidencial, barrado pela Lei da Ficha Limpa.

O ex-presidente anular as condenações por meio de um pedido de habeas corpus no qual questionava a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, que expediu a sentença no caso do tríplex do Guarujá.

A segunda condenação, sobre a propriedade em Atibaia, foi expedida pela juíza Gabriela Hardt

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