A falta de auto confiança é algo tão sério e tão devastador para uma pessoa que deveria ser assunto de estado; deveria existir serviço social voltado para o tratamento de pessoas com este quadro assim como o há para pessoas acometidas de enfermidades mais conhecidas, como a AIDS e o COVID 19. Com esta frase, o autor Jay Tyler do livro “Self Confidence: Your guide to developing self confidence…” inicia seu trabalho focado no desenvolvimento de auto estima e auto confiança para melhoramento de imagem pessoal. Não somente concordo com tal ideia como diria que o tratamento psicológico pode ser oferecido pelo serviço público sim, mas muitas vezes não trabalha o fator “falta de auto confiança” diretamente, por ser considerado talvez como “secundário” a outras deficiências mentais ou consequência de outro problema qualquer. Falta de autoconfiança não deve ser considerado consequência e sim a causa de muitos problemas ligados ao desenvolvimento e verdadeiro autoconhecimento de uma pessoa. A falta de autoconfiança pode ser até de mais difícil cura do que doenças mais “estabelecidas” para as quais existem remédios e prazos determinados para a cura. Suas causas, no entanto, demandam um trabalho e tratamento sério com psicoterapeuta mas podem ser endereçadas por coaches e hipnólogos com terapias de resultados de mais curto prazo dependendo do caso quando envolve eliminação de crenças limitantes.
A autoconfiança é sem dúvida a base da estrutura comportamental de uma pessoa pois ela é responsável pela capacidade das pessoas de se manifestarem seja lá em que situação for, de tomarem decisões e fazerem julgamentos positivos para suas vidas. De nada adianta uma pessoa possuir talentos e capacidade para ações e atividades que a farão garantir seu espaço no mundo se ela mesma não confia nessa capacidade. A autoconfiança será o elemento principal que divide aqueles que alcançam sucesso em suas empreitadas daqueles que não chegam nem perto. Considere duas pessoas com o mesmo nível de educação e experiência na vida. Uma delas atinge sucesso pessoal e a outra não. A razão por trás disso pode muito bem ser explicada pelos diferentes níveis de autoconfiança entre essas duas pessoas. A pessoa autoconfiante está mais apta a não perder oportunidades na vida por confiar em seu “taco” assim como fará melhores escolhas e julgamentos em seu processo de tomada de decisão por simplesmente confiar em si mesma. Você já parou para pensar no tempo que levamos na vida para consertar situações criadas única e exclusivamente pela nossa falta de confiança que nos fez perder oportunidades na vida que muitas vezes demoram para voltar? Confiar em si mesmo quer dizer saber que temos a capacidade de lidar com quaisquer situações e pessoas que porventura vierem a cruzar nosso caminho. Autoconfiança é a certeza absoluta e incontestável de que: “tenho a confiança que lidarei com problemas, superarei dificuldades e alcançarei minhas metas pois tenho a estrutura e capacidade para isso”. É ter certeza da certeza. Louco isso, não? Bem, louco são aqueles que na verdade não conseguem desenvolver em suas vidas esse consenso entre seu valor pessoal intrínseco e a crença nele. Mais importante que seu valor pessoal é acreditar nele de verdade. É nunca ter dúvida do valor que passará para as pessoas. Lembrem-se de que as pessoas te julgam capaz se você agregar valor à vida delas, mas para isso você terá que ter seu valor pessoal e ter completa ciência disso.
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O medo, o grande vilão que está por trás de nossa falta de autoconfiança é parte inerente ao ser humano e presente em nosso comportamento deste os primórdios em que éramos habitantes das cavernas. Precisávamos ter medo das coisas como meio de proteção contra um meio inóspito ao nosso redor. Qualquer vacilo e éramos comidos por um grande tigre dente de sabre. Como nossa estrutura cerebral pouco mudou daquela época para cá, continuamos a sentir o medo da mesma forma só que sem o motivo real que garantia nossa sobrevivência na época primitiva. Hoje nosso medo das coisas continua em alto nível mas não conseguimos justifica-lo e este medo de tudo é que dá a base para nossa falta de confiança em lidar com tarefas e situações nem tão ameaçadoras assim como a de enfrentar dinossauros e outras tribos de humanos inimigas. Arffff! Quero dizer com isso, que a falta de autoconfiança momentânea faz parte de nós e que não conseguimos estar confiantes a todo momento. Uma certa dose de vulnerabilidade, aliás, faz bem para nossa imagem pessoal de ser humano de verdade. Quando esta confiança, no entanto, baixa para níveis paralisantes, criamos situações em que nós mesmos acabamos por nos auto sabotar por não acharmos que somos capazes ou merecedores daquele emprego que queremos, daquele relacionamento com a pessoa que temos um “crush” ou de qualquer outro benefício que seria fácil de conseguir por aqueles que nutrem níveis normais de auto estima e auto confiança.
Não conseguiremos neste artigo cobrir todas as sugestões para melhorarmos nosso nível de auto confiança pois as crenças limitantes que estão por trás de acreditarmos na nossa falta de poder pessoal demandam trabalho mais focado e extenso. Podemos porém garantir que conhecer a si próprio profundamente, com seus talentos e limitações, diminuir expectativas muito grandes em relação às situações e pessoas, acreditar que todos somos iguais, com as mesmas necessidades embora com valores e modos diferentes de interpretar a vida e não dar atenção excessiva para situações às quais não podemos controlar são alguns dos comportamentos a serem tomados. Devemos nos preparar através de conhecimento técnico (hard skills) e talentos pessoais (soft skills) pois conhecimento e educação é poder, ter consciência de que as coisas que dão errado em nossas vidas, e não são poucas, nos fazem crescer e nos tornar mais fortes e de que para mudar nosso medo, precisamos mudar a forma como vemos o mundo e como orientamos nossos pensamentos que são a base de tudo. É importante tomar a frente de sua vida e saber que és responsável inteiramente por ela e a se cercar de coisas e hábitos positivos como cuidar do corpo com dieta, exercícios físicos, sono e meditação por exemplo. Cuidar da mente através de estudo, leitura e prática com afirmações positivas diárias, e do espirito com atividades de ajuda ao próximo e ideologia de crescer juntamente com aqueles entes queridos e importantes que dividem sua vida com você. Fazendo isso, já é um bom começo. Saiba que é possível sim melhorar sua autoconfiança. Basta querer. Autoconfiança é sim a base de tudo!
