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Como agir em caso de apagões?

De 2005 até 2021 ocorreram, aproximadamente, 13 apagões regionais ou nacionais. A possibilidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica é um fenômeno que ameaça o Brasil e que leva especialistas à busca de informações sobre as causas, consequências e como a população deve agir. Por isso, o engenheiro eletricista Sergio Levin, especialista do Ibape/SP, explica quais são os procedimentos corretos tanto para evitar os apagões como sair da situação de crise.

De acordo com o engenheiro, um apagão pode ocorrer por diversos fatores. “Pode ser uma falha ou avaria técnica no sistema de geração ou distribuição, ausência de investimentos governamentais ou privados; falha de planejamento e/ou gerenciamento do sistema, também governamental ou privado; diminuição do “estoque energético”, que é quando o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas está baixo; sobrecarga energética nacional, entre outros”, explica.

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Assim como o tempo de duração dos apagões, o período de normalização também depende dos fatores envolvidos, ou seja, não é algo que se pode controlar, mas é algo que se pode prevenir. “Considerando que o risco é inerente ao sistema elétrico atual, dificilmente vamos evitá-lo, mas podemos diminuí-los economizando energia elétrica, água e, dentro do possível, investir em energia solar”, continua o especialista.

No início dos anos 2000 ocorreu um apagão nacional por conta da escassez de chuvas. Os níveis dos reservatórios diminuíram e o incidente fez com que cada consumidor tivesse que economizar 20% de energia elétrica e o não cumprimento da meta implicava em multa. “Em uma microescala, os apagões afetam a todos, tanto financeiramente como psicologicamente, dos consumidores residenciais aos comerciais. Já em uma macro escala, pode atingir parte da cadeia produtiva industrial e agrícola, tendo reflexos na importação e exportação, e, portanto, no desenvolvimento do Brasil”, alerta Sergio.

Como se comportar em um apagão

Sabendo que não há como evitar os apagões, Sergio Levin separou algumas dicas do que fazer em caso deste tipo de crise:

  1. Evitar uso de velas, fósforos, “espiriteiras” (a gás, álcool ou óleo) ou similares devido ao risco adicional que inserimos na situação. Ao invés disso, opte pelas lanternas de LED que são mais econômicas e seguras;
  2. Entre em contato com a concessionária local para se manter informado sobre o ocorrido e previsões de restabelecimento;
  3. Siga e colabore com as orientações governamentais;
  4. Se possível, desconecte todos, ou a maioria, dos aparelhos eletroeletrônicos das tomadas;
  5. Evite abrir a geladeira para manter o máximo possível a refrigeração interna.
  6. Para os serviços essenciais, indústrias, hospitais, laboratórios, clínicas entre outros, é necessário otimizar suas gestões de energia elétrica visando uma autonomia como, por exemplo, utilização de geradores de energia com abrangência máxima em suas operações.
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