Diário de Curitiba

Bolsonaro vira réu no STF por tentativa de golpe

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta quarta-feira (26), tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados sob acusação de tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que acataram a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com isso, Bolsonaro e seus ex-assessores passam a responder a um processo penal que pode culminar em condenação e prisão.

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Quem são os réus?

A PGR identificou oito nomes que compunham o chamado “núcleo crucial” da tentativa de ruptura democrática. São eles:

Os argumentos do STF

O voto do relator, Alexandre de Moraes

Em um voto de 1h50min, Moraes sustentou que a denúncia da PGR descreve uma organização criminosa estruturada, hierárquica e com divisão de tarefas. Entre os pontos destacados pelo ministro:

Os votos dos demais ministros

E agora? O que acontece com Bolsonaro e aliados?

Com a aceitação da denúncia, os denunciados passam formalmente à condição de réus. Agora, a ação penal segue para fase de instrução, na qual:

Quais crimes são investigados?

A PGR acusa Bolsonaro e seus aliados de:

Posicionamento das defesas

Durante a sessão da terça-feira (25), os advogados de defesa alegaram que seus clientes não tiveram participação direta nos eventos golpistas e reclamaram da quantidade de documentos anexados ao processo. Entretanto, a argumentação não foi suficiente para impedir o avanço da ação penal.

Impactos políticos e jurídicos

A decisão de tornar Bolsonaro réu aumenta seu risco de condenação e pode restringir sua atuação política no futuro. Caso condenado, ele pode ficar inelegível por anos, além de enfrentar penas de prisão.

A defesa do ex-presidente promete recorrer e contestar as provas apresentadas, mas a unanimidade na votação do STF indica um processo complexo e de desfecho incerto para Bolsonaro e seus aliados.


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