As exportações brasileiras para a China atingiram mais de 100 bilhões de dólares em 2023, e o superávit comercial bilateral alcançou um recorde de 51,1 bilhões de dólares. Esse valor representou mais da metade do saldo comercial total do Brasil no mesmo ano, que também alcançou uma marca histórica de 98,8 bilhões de dólares.
Apesar da expectativa de desaceleração da economia chinesa em 2024, especialistas apontam que a China continuará sendo uma grande parceira comercial do Brasil.
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O superávit comercial com a China em 2023 foi impulsionado pelo aumento das exportações para o país asiático e pela queda das importações brasileiras. As exportações para a China cresceram 16,6% em relação ao ano anterior, totalizando 104,31 bilhões de dólares. Esse desempenho foi muito superior ao aumento de 1,7% das vendas externas brasileiras como um todo. Com isso, a participação da China nas exportações brasileiras aumentou de 26,8% em 2022 para 30,7% no ano passado.
Já as importações brasileiras de produtos chineses totalizaram 53,18 bilhões de dólares em 2023, uma queda de 12,5% em relação ao ano anterior. A China ainda é o principal fornecedor do Brasil, representando 22,1% das importações.
Economistas destacam o crescimento contínuo das exportações brasileiras para a China nos últimos anos, impulsionado não apenas pelos preços das commodities, mas também por uma diversificação da pauta de exportação. Além dos produtos tradicionais como soja, petróleo e minério de ferro, as proteínas animais, como carne bovina, suína e aves, e o milho têm se destacado nas exportações para a China.
Apesar da desaceleração da economia chinesa, os especialistas acreditam que isso não terá impactos significativos nas exportações brasileiras. O governo chinês tem adotado medidas para suavizar essa desaceleração e manter o crescimento econômico em níveis adequados. A expectativa é que o PIB chinês cresça cerca de 5% em 2023 e desacelere para 4,5% em 2024. Os desafios para a economia chinesa incluem a transição para uma economia menos dependente do setor imobiliário, a redução da demanda global e as retaliações geopolíticas, principalmente dos Estados Unidos. No entanto, os especialistas acreditam que a China continuará sendo um importante parceiro comercial do Brasil.
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