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AGU cobra R$ 3,5 milhões de militares condenados por mortes de catador e músico com 257 tiros

Objetivo é ressarcir o valor pago pela União aos familiares das vítimas após acordos de indenização. Carro é fuzilado pelo Exército no Rio, causando a morte do músico Evaldo Rosa, de 51 anos

Fabio Teixeira/AP

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A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro para cobrar R$ 3,5 milhões dos oito militares do Exército condenados pela Justiça Militar por conta da morte do músico Evaldo dos Santos e do catador de lixo Luciano Macedo, em abril de 2019.

O objetivo é ressarcir o valor pago pela União aos familiares das vítimas após acordos de indenização.

Na ação, a AGU argumento que o comportamento dos militares foi imprudente, desproporcional e contrário às regras de da corporação, já que não houve nenhum disparo de arma de fogo contra os soldados, que ainda assim dispararam centenas de tiros contra os inocentes.

Evaldo foi baleado pelos militares enquanto dirigia seu carro na Estrada do Camboatá, perto da Avenida Brasil, em Guadalupe.

E Luciano, que estava próximo ao local onde o carro foi fuzilado, foi baleado enquanto tentava socorrer o músico. Ele morreu dias depois, no hospital.

No total, 257 tiros foram disparados – 62 atingiram o veículo.

Operação Muquiço

Evaldo e Luciano morreram no período em que o Exército ocupava a comunidade do Muquiço, entre os meses de fevereiro e junho de 2019.

O motivo: traficantes do local invadiram, em 7 de fevereiro, os apartamentos onde vivem famílias de militares e que são chamados de Próprios Nacionais Residenciais (PNR). Cinco dias depois, a operação foi autorizada pelo comando do Exército no Rio de Janeiro.

Os criminosos, segundo as informações, eram comandados por Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel.

Homem morre depois que carro em que ele estava com a família foi fuzilado pelo Exército

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