A nova pesquisa Quaest, encomendada pela RPC, divulgada nesta terça-feira (17), traz uma significativa virada no cenário eleitoral de Curitiba. Eduardo Pimentel (PSD), que nas pesquisas anteriores mantinha-se como uma opção relevante, deu um salto considerável, saindo de 19% para 36% das intenções de voto no cenário estimulado. Esse crescimento o posiciona como o franco favorito na corrida eleitoral, enquanto seus principais adversários, Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União), empatam tecnicamente com 15% e 12%, respectivamente.
A ascensão de Pimentel é um reflexo de sua crescente visibilidade na capital, amparada por uma campanha sólida e por seu vínculo com a gestão atual da prefeitura. É inegável que sua figura política, associada ao prefeito Rafael Greca, tem ganhado força em um momento estratégico de definição eleitoral. Além disso, os dados mostram que o nome de Pimentel também ganhou força na pesquisa espontânea, subindo de 9% para 20%, o que demonstra um reconhecimento orgânico de sua candidatura por parte do eleitorado.
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Por outro lado, o declínio de Roberto Requião (Mobiliza) é notável. Figura tradicional da política paranaense, Requião caiu de 18% para 8% nas intenções de voto. Esse movimento pode ser interpretado como uma clara rejeição a seu discurso e estratégias de campanha, que parecem não ressoar com o eleitorado atual de Curitiba, cada vez mais inclinado a projetos de gestão focados na modernização e continuidade, como o proposto por Pimentel.
Cenário polarizado e em busca de renovação
A análise da rejeição dos candidatos também evidencia uma tendência importante. Pimentel se destaca por ter a menor rejeição entre os principais concorrentes, com 26% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Isso contrasta fortemente com Requião, cuja rejeição chega a alarmantes 60%, tornando sua trajetória de recuperação praticamente inviável sem uma drástica mudança de estratégia.
Luciano Ducci e Ney Leprevost, ainda tecnicamente empatados, enfrentam desafios semelhantes. Ducci, com 42% de rejeição, precisa reforçar seu posicionamento para ampliar seu apelo popular, enquanto Leprevost, com rejeição de 40%, parece estar em uma trajetória descendente, necessitando de ajustes táticos para recuperar a simpatia do eleitorado.
Impactos das próximas semanas e potencial de voto
Com 60% dos eleitores ainda indecisos na pesquisa espontânea, o cenário para as próximas semanas é de intensa disputa. O tempo de campanha e as estratégias de mobilização serão cruciais para definir se Pimentel consolidará sua liderança ou se haverá uma virada inesperada. No entanto, o fato de Pimentel liderar também no potencial de voto — com 53% dos eleitores que o conhecem dispostos a votar nele — o coloca em uma posição extremamente confortável.
Enquanto isso, Luciano Ducci e Ney Leprevost precisam se concentrar na construção de uma narrativa que capte parte dos eleitores indecisos e, principalmente, reverta as rejeições que enfrentam. Requião, embora ainda seja uma figura conhecida, parece estar cada vez mais desconectado das expectativas do eleitorado atual.