A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou uma mulher, de 36 anos, suspeita por causar a morte das duas filhas, uma de 2 anos e outra de 3 meses e 24 dias. As crianças morreram nos anos de 2008 e 2009, respectivamente, em hospitais de Curitiba. O inquérito policial foi concluído na terça-feira (1).
A criança de 2 anos foi internada pela primeira vez no ano de 2006, com 10 meses de vida. A mãe relatava que a filha estava com febre, diarreia e vômitos. Exames médicos não constataram febre. A menina foi submetida a exames laboratoriais, radiografias e ecografias renais.
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Após dias, teve alta e desde então foi internada por diversas outras vezes sob relato dos mesmos sintomas. Os diagnósticos médicos não constatavam nenhuma doença e os profissionais passaram a observar o caso para descobrir a causa do mal-estar.
Durante as investigações, a PCPR descobriu que no ano de 2007 a mãe da criança teria injetado uma medicação pela sonda da paciente. O que pode ter contribuído para a piora do quadro clínico.
O médico que cuidou da vítima na época cogitou que a mãe da menina pudesse sofrer de “síndrome de Munchausen por procuração”, que é quando um dos pais simula algum quadro clínico na criança, expondo-a a repetidos exames e internações com o objetivo de chamar a atenção para si. Porém, o diagnóstico foi descartado durante as investigações.
Em 2007 foi encontrada uma seringa com um líquido branco ao lado do leito da mãe da criança. Uma testemunha disse que chegou a ver a mulher ministrado um “xarope” na filha e poucos minutos depois a criança apresentou tremores e taquicardia.
A menina faleceu no ano de 2008, depois de uma séria de internamentos. No mesmo ano, a indiciada teve outra filha, nascida em outubro. Esta também foi levada algumas vezes ao hospital com sintomas semelhantes ao da irmã e morreu no mês de fevereiro de 2009.
A mulher foi indiciada por homicídio duplamente qualificado pelo meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Ele teve outros quatro filhos depois, sendo uma com o atual companheiro. Três foram retirados de seu convívio e uma é assistida por órgãos competentes.
Colaboração: PCPR