As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba estão funcionando de forma precária, com equipes profissionais reduzidas, falta de equipamentos e de materiais no combate à Covid-19. A denúncia foi feita por servidor municipal da área da saúde da Prefeitura de Curitiba ao deputado Goura (PDT), que encaminhou pedido de providências ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), na quinta-feira (3) e falou sobre o assunto durante a sessão plenária remota, desta segunda-feira (07), da Assembleia Legislativa do Paraná.
“Recomendamos uma vistoria urgente nas UPAs do município para esclarecer essa denúncia”, destacou Goura. “Nos dispomos a participar enquanto representante do Legislativo Estadual para averiguar as efetivas condições de trabalho nestes locais, sem prejuízo às demais medidas cabíveis para apuração dos fatos expostos”, completou.
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Denúncia
“Fomos procurados por servidor municipal que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Comprido. O trabalhador disse que as equipes têm trabalhado com materiais insuficientes ou precários. Também informou que os melhores equipamentos da UPA foram levados para o Hospital Vitória, no Bairro CIC”, informou Goura.
O deputado disse que o servidor contou que há três monitores para pacientes graves da UPA, mas apenas um funciona, e que há apenas dois respiradores na unidade. “Ele também disse que houve alagamento na sala de emergência, em decorrência da chuva no domingo, dia 29 de novembro, e que os funcionários da UPA enfrentam um surto de Covid-19”.
O servidor que fez a denúncia e encaminhou uma foto de um leito amarrado precariamente com uma luva hospitalar para se manter sustentado. “O mais grave é que, segundo o funcionário, essa situação de precariedade se repete nas outras UPAs da Prefeitura de Curitiba”, informou Goura.
Preocupação
“Estamos num momento dramático da pandemia, que voltou a ter as médias móveis de mortes e casos batendo novos recordes neste início de dezembro. Situação que causa preocupação e estarrecimento, porque a ocupação das UTIs disponíveis para tratamento da Covid-19 está acima de 90% na cidade e centenas de pessoas esperam uma vaga”, ressaltou Goura.
O deputado afirmou que a Prefeitura de Curitiba tem obrigação, conforme a Constituição Federal, de fornecer condições mínimas de trabalho aos profissionais e equipamentos públicos de saúde. “Ao não fazer isso, o prefeito viola frontalmente o direito previsto no artigo 196 da Constituição Federal. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) possui entendimento de que a inação também constitui uma violação do dever público”, informou.
Colaboração: Assessoria ALEP