A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou na manhã desta terça-feira (8), uma operação que investiga associação criminosa envolvida em fraude à licitação na iluminação pública, no município de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ao todo, 26 policiais civis e 8 peritos criminais participam da ação. Eles cumprem simultaneamente nove mandados de busca e apreensão em Curitiba (1), Itaperuçu (1), Rio Branco do Sul (2) e Almirante Tamandaré (5).
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As buscas estão sendo realizadas nas sedes das empresas investigadas, nas residências dos envolvidos e em um escritório de advocacia.
A investigação foi iniciada em função de um inquérito civil que apura irregularidades na prestação de serviços de empresa contratada para fazer a manutenção da iluminação pública naquele município.
As informações preliminares foram encaminhadas à PCPR, que instaurou inquérito policial. Com as investigações, foi descoberto que um grupo de empresas teria atuado para aumentar o valor de licitação e ter facilitada a vitória no processo.
A empresa ganhadora recebeu mais de R$ 7 milhões dos cofres públicos do município de Almirante Tamandaré. Somados o contrato inicial e todos os aditivos, foi constatado um aumento de mais de 70% do valor inicialmente contratado. Isso é muito superior ao limite de 25% em aditivos contratuais, definidos pela Lei de Licitações.
Durante as investigações alguns fatos chamaram a atenção, como a condição financeira dos sócios, incompatível com o suposto lucro da empresa, bem como o exponencial aumento do capital social em cerca de 300 vezes, passou de R$ 20 mil para R$ 6 milhões.
De acordo com delegado Leandro Farnese, responsável pelas investigações, durante a apuração foram confirmadas ainda outras irregularidades. “A gente conseguiu confirmar também a discussão sobre nomeação de cargos públicos, de forma ilícita, indevida. E também a negociação para futuras licitações, com elaboração de termo de referência direcionados para poder facilitar que o grupo vencesse as licitações futuras em outros locais”, explica.
O objetivo da operação é encontrar provas em documentos, e em celulares dos investigados, que confirme as atividades ilícitas do grupo.
Colaboração Assessoria PCPR