Durante uma hora o grupo orou e cantou louvores, seguindo as normas de distanciamento social e todos os cuidados necessários

Um grupo de fiéis reuniram-se na noite de segunda (15), por volta das 21h, com um único propósito: Interceder pelas vidas hospitalizadas com a covid-19. Foram aproximadamente uma hora intercalada entre orações e louvores frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tatuquara. A unidade é uma das seis UPAs de Curitiba, transformadas em centros de internamento para Covid-19. A UPA Tatuquara já estava integrada a esse sistema de funcionamento desde o início do mês. Os presentes na ação de intercessão são jovens e adultos da Igreja Evangélica Templo das Águias. A maioria pertencente a um grupo denominado Blitz, que movidos pela fé, levam palavras cristãs e louvores às ruas de Curitiba.
Mayra de Almeida Batista é uma das fiéis que fez parte do movimento em prol dos enfermos. A ideia, segundo ela, surgiu do pastor, Bispo Luiz Augusto, que está à frente do projeto Blitz, e de sua irmã Kelly Almeida Batista. O grupo Blitz inicialmente partiu de uma revelação e desejo da irmã de levar a palavra de Deus aos necessitados. Saíam pelas ruas, normalmente em praças, para exercerem os cânticos e falassem aos que dessem ouvidos. Já a ação em frente a UPA foi aberta a quem quisesse participar, não somente os do Blitz. A mensagem foi disparada em grupo do WhatsApp dos líderes da igreja, convidando quem pudesse comparecer e limitando para no máximo 30 pessoas. Além da limitação de pessoas, exigiram que todos seguissem as normas de distanciamento social, uso de máscaras e demais medidas. “Choveu, tinha poucas pessoas, mas ainda assim a ação repercutiu bastante no dia de hoje, que até médicos e enfermeiros agradeceram e pediram para que retornássemos”, conta Mayra.
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Outras UPAs, como a do Alto ‘Maracanã em Colombo, região metropolitana de Curitiba, também estão recebendo grupos de orações, do Templo das Águias e outras igrejas.

A repercussão deu-se através de vídeos de arquivos pessoais, postados em seus status. Houveram compartilhamentos e pedidos de entrevistas. “A Tv entrou em contato com minha irmã, pedindo para fazer entrevistas, filmagens”, informa Mayra. “Mas o que importa de verdade é saber que de alguma forma estamos fazendo algo. Não podemos ajudar de outra maneira, somente com nossa fé”, finaliza.
(Foto arquivo pessoal)