A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos, indiciou quatro pessoas por falsificação de testes de Covid-19 vinculadas ao Cascavel CR, antes do jogo contra o Athletico, em abril, pelo Campeonato Paranaense.
O caso de falsificação foi denunciada pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), após o jogo ocorrido no dia 22 de abril de deste ano, em Curitiba, válido pela quarta rodada do Campeonato Estadual.
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Durante a investigação parte dos envolvidos e cerca de dez testemunhas foram ouvidas. Os indiciados responderão por falsificação de documento e uso de documento falso. O prazo inicial do inquérito foi de 30 dias, mas as investigações seguem até que todos os envolvidos sejam ouvidos.
Os suspeitos vão responder por falsificação de documento e uso de documento falso. Segundo a Polícia Civil, as investigações prosseguem até que todos os envolvidos sejam ouvidos.
Na ocasião, quatro jogadores do Cascavel CR, sendo três titulares e um fora da relação, foram vetados pouco antes do jogo contra o Athletico, na Arena da Baixada. A FPF alegou que os exames RT-PCR de detecção do coronavírus haviam sido falsificados.
Depois de o caso vir à tona, o laboratório contratado para realização dos testes confirmou que o Cascavel CR falsificou os laudos e documentos apresentados para a Federação. Além disso, disse que foram 14 laudos falsificados e não apenas os dos quatro afastados antes da partida.
Na época, o técnico do time cascavelense, Luiz Carlos Cruz, pediu demissão e afirmou que os jogadores não fizeram os respectivos exames de Covid-19.
O Cascavel CR também foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) com suspensão de 720 dias (dois anos) e exclusão imediata do Campeonato Paranaense.
Segundo o delegado chefe da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Luiz Carlos de Oliveira, a investigação demanda mais tempo para atingir todos os envolvidos, sendo necessário ouvir mais pessoas.
“Já temos quatro pessoas indiciadas e teremos ainda mais 10. Como esse inquérito demanda um certo tempo, tendo em vista que esses jogadores estão espalhados pelo Brasil, teremos que fazer algumas cartas precatórias para cada um dos envolvidos”, destacou.
A PCPR também solicitou a apreensão do passaporte de um dos suspeitos, que possui dupla nacionalidade. Ele foi intimado pelo escrivão de Cascavel para tomar ciência da decisão judicial.
Além do presidente do clube e do filho dele, mais duas pessoas foram indiciadas, segundo o delegado. “Esses dois outros indiciados são pessoas que estavam relacionadas como se fossem da comissão técnica e não realizaram exames. Um é pai de um atleta e o outro é olheiro do clube. Eles foram ouvidos em declaração prioritária, primeiramente, e depois, através do despacho, foram indiciados”, disse.
Os exames apresentados no dia do jogo foram analisados pelo Instituto de Criminalística, que constatou que os documentos foram falsificados.
“Essa falsificação de documento foi assumida junto à Federação Paranaense de Futebol (FPF) por um dos envolvidos em uma carta de próprio punho. Além disso, o médico que foi contratado para o dia do jogo nos trouxe algumas informações muito esclarecedoras, caracterizando as fraudes do clube”, destacou o delegado.
Colaboração AEN/PR