Fruto do desejo de reunir o maior número de poemas que leu num determinado período de 2020, quando o desconhecido e a incerteza pela crise sanitária provocada pela Covid-19 se instalaram, e do amor pela poesia e pela palavra, Poesia para pandemia é uma antologia (Editora Autografia) – a segunda organizada pelo escritor Paulo Sabino – com 142 poemas e textos poéticos de 142 autores.
• Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!
Ao reunir vozes, estilos, assuntos e gerações de escritores, a obra pretende ser eclética, diversa, variada. Os textos estão ordenados por temas e formam um criando uma ligação entre os relatos, que tem a função de servir para indagações, inquietações e aquietações.
Os temas giram em torno do futuro da humanidade, com a destruição desenfreada do meio ambiente; do amor; além de preconceitos sociais; o abismo econômico que empurra pessoas, mais uma vez, segundo o autor, para abaixo da linha da miséria; a pandemia em si; as guerras e as migrações forçadas pelas guerras, a música, como elemento complementar, constituinte e ao mesmo tempo independente da poesia. “A obra é ainda um fio de esperança, por tudo o que a humanidade fez de belo – e continua fazendo”, explica.
Dos 142 poemas e textos poéticos, de autores renomados e admirados pelo público, dezesseis são inéditos e assinados por Alberto Pucheu, Ramon Nunes Mello, Alexandra Maia, Hélio de Assis, Juliana Linhares, Luiz Felipe Leprevost, Edimilson de Almeida Pereira, Carlos Rennó, Inês Campos, Péricles Cavalcanti, Nicolas Behr, Flávia Savary, Luana Carvalho, Lau Siqueira, Claudia Roquette-Pinto e Elisa Lucinda.
Segundo Paulo Sabino, Poesia para pandemia foi um mergulho e tanto na biblioteca que mantém, revisitando livros que não folheava há muito tempo. Mas, acima de tudo, ele conta que essas poesias o salvaram, ajudaram a suportar o medo do “inimigo” à solta no ar, invisível, imperceptível, desconhecido, mortífero.
Com Poesia para pandemia, ele quer ganhar o Brasil através de prateleiras e estantes das pessoas, quer estar nas bibliotecas públicas e particulares, com o recorte sobre o mundo e o período que vivemos a partir dos autores que compõem a antologia