A revista americana Time divulgou nesta quarta-feira (4) a nova edição que leva o ex-presidente Lula na capa: “O segundo ato de Lula: o líder mais popular do Brasil”.
A reportagem destaca a trajetória de Lula: de criança nascida na pobreza a líder sindical e “presidente mais popular na história do Brasil moderno”. “Depois a tragédia: apontado em esquema de corrupção e enviado à prisão”.
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A publicação ainda lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula em abril de 2021 alegando que o ex-presidente não teve direito a um julgamento justo e ainda destaca a liderança nas pesquisas de intenção de voto à Presidência.
A “Time” conta ainda que Lula vai disputar as eleições contra o presidente Jair Bolsonaro, e cita que o ex-presidente lidera as pesquisas de preferência do eleitorado.
A entrevista foi feita com o ex-presidente no fim do mês de março. À revista, Lula disse que nunca desistiu da política, mas que, quando saiu da Presidência, no fim de 2010, pensou que não se candidataria ao mandato novamente.
“Eu na verdade nunca desisti da política. A política está em cada célula minha, a política está no meu sangue, está na minha cabeça. Porque o problema não é a política simplesmente, o problema é a causa que te leva à política”, afirmou o ex-presidente.
“Quando deixei a Presidência em 2010, efetivamente eu não pensava mais em ser candidato à Presidência da República. Entretanto, o que eu estou vendo, doze anos depois, é que tudo aquilo que foi política para beneficiar o povo pobre— todas as políticas de inclusão social, o que nós fizemos para melhorar a qualidade das universidades, das escolas técnicas, melhorar a qualidade do salário, melhorar a qualidade do emprego—, tudo isso foi destruído, desmontado”, completou.
Em determinado momento da entrevista, a “Time” lembra que, no Brasil, as pessoas dizem quem há várias “encarnações” de Lula quando tema é política econômica. E questiona que postura o presidente adotará nessa área caso seja eleito. Lula responde que política econômica é um tema a ser definido após as eleições.
“Eu sou o único candidato com quem as pessoas não deveriam ter essa preocupação, porque eu já fui presidente duas vezes. E a gente não discute política econômica antes de ganhar as eleições. Primeiro você precisa ganhar para depois saber com quem você vai compor e o que você vai fazer. Quem tiver dúvida sobre mim olhe o que aconteceu nesse país quando eu fui presidente da República: o crescimento do mercado”, argumentou o ex-presidente.
O último brasileiro a estampar a capa de uma das revistas mais influentes do mundo foi Neymar, em 2013.