Estreia dia 11 de agosto nos cinemas de todo Brasil o filme ‘X: A Marca da Morte’. O longa é a nova obra de terror slasher do diretor americano Ti West, e entrega, além de um discurso aterrorizante, uma discussão bem pertinente sobre juventude e envelhecimento.
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Ambientado em 1979, o filme conta a história de um diretor acompanhando um grupo de cineastas pornográficos em uma gravação de um novo filme. No enredo, Maxine (Mia Goth), uma atriz pornô, Wayne (Martin Henderson) seu namorado e produtor, e mais um grupo de atores vão para o Texas em uma fazenda, propriedade de Howard (Stephen Ure) e Pearl (também interpretado pela atriz Mia Goth), um casal idoso, para gravar o novo filme pornográfico intitulado ‘The Farmer’s Daughters’.
Quando o grupo chega na propriedade, são recebidos pelo casal de proprietários, que apresenta estranhas características. Howard é temperamental com o grupo, sempre falando sobre sua espingarda, enquanto Pearl começa a perseguir Maxine silenciosamente. Com as gravações iniciando sem o conhecimento do proprietário do local, Pearl começa a agir estranhamente e pessoas passam a desaparecer. Howard acaba descobrindo o real motivo do filme e o elenco passa a ter que começar a lutar por suas vidas. No entanto, o casal tem mais a esconder do que apenas não querer que sua pequena fazenda seja um cenário de filme adulto.
Mais que um filme de terror, o longa traz uma discussão pertinente a quem se atentar aos detalhes que vão além do terror, dos gritos e mortes. O diretor escancarou detalhes do envelhecer. O discurso dialoga entre o “ser jovem” e “ser velho”. Talvez, por isso, a atriz Mia Goth tenha interpretado os dois papéis, para tornar ainda mais alusivo o paradoxo das entrelinhas.
Com uma fotografia e iluminação adequada para o gênero, X: A Marca da morte escancara os detalhes de um corpo idoso, com suas rugas, manchas e fraquezas. Ele desnuda o que para alguns pode ser mais aterrorizante do que o sangue do filme, o que nos espera, o futuro. Com sorte, iremos envelhecer, e é disso que o filme fala, de aproveitarmos o vigor da juventude, mas estarmos conscientes do envelhecimento.
Classificação indicativa: 18 anos.