O Brasil e todo o Hemisfério Sul viverão hoje, a partir das 22h04min, a chegada de mais uma primavera. Em 2022, a estação das flores terá como companhia uma velha companheira: o “La Niña”, fenômeno da geografia que, pelo 3° ano seguido, irá esfriar as águas nesse momento de transição entre o inverno e o verão.
De acordo com os especialistas, o fenômeno pode esfriar em até 5°C a temperatura do oceano pacífico equatorial leste e central, provocando o aumento de inundações, umidades e até mesmo da seca, dependendo da região do Brasil.
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Para o Sudeste, a previsão é de a previsão é de chuvas acima da média, com exceção de São Paulo, onde as pancadas serão de baixas à moderada. O ar frio poderá impactar também todo o estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo e a Zona da Mata mineira.
Para Climatempo, o momento é de cuidado. “Estas pancadas de chuva ficam cada vez mais comuns nas tardes e noites da primavera no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste e no Norte do Brasil, voltando a ocorrer também em alguns locais do sul do Maranhão, sul do Piauí e do oeste da Bahia”, declarou a empresa.
Ao contrário da regiões Sul e Sudeste do país, o Nordeste continuará com o ar-condicionado ligado. Isso porque, de acordo com o Climatempo, as frentes frias não devem ter grande influência na região. O que deve acontecer são pequenos temporais no sul do Maranhão, do Piauí e no oeste da Bahia.
“Esfriamento dos oceanos não significa redução do aquecimento global”, diz OMM
Para a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a 3° edição do La Niña durante a primavera é tido como algo excepcional O evento terá duração até o dia 21 de dezembro, quando acaba a estação, com consequências climáticas para todo o mundo.
Ainda de acordo com a instituição, o resfriamento em larga escala das águas não implica em uma diminuição do aquecimento, apesar de desacelerar – por alguns meses – o aumento da temperatura no mundo.
“A seca no Chifre da África piorará e afetará milhões de pessoas”, alerta Petteri Taala, diretor-geral da OMM, numa prévia das previsões globais, que se continuar poderá trazer a possibilidade de “uma catástrofe humanitária sem precedentes”.