Para quem tem estômago fraco ou está de ressaca, já fica meu aviso inicial: não veja esse filme! Agora, se você gosta de filme de arrepiar “até os ossos“, corra aos cinemas. No dia primeiro (01) de dezembro estreia essa obra prima dirigida por Luca Guadagnino, cineasta que ganhou, recentemente, o Leão de Prata de Melhor Direção no Festival Internacional de Cinema de Veneza 2022.
Até os Ossos é estrelado por Taylor Russell, vencedora do Prêmio Marcello Mastroianni de Melhor Jovem Atriz no Festival de Veneza 2022 e Timothée Chalamet, indicado ao Oscar por “Me Chame pelo Seu Nome”, “Duna” e Michael Stuhlbarg de “Me Chame pelo Seu Nome” e “A Forma da Água”.
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Com produção da Metro Goldwyn Mayer Pictures, Até os Ossos é um filme sobre o amor, numa pegada “os loucos também amam”. Conta a história dos denominados “devoradores”, que necessitam se alimentar de humanos. Sim! Eu disse h-u-m-a-n-o-s. Para quem curte filme de canibalismo, esse aqui vai agradar. Maren (Taylor Russell) é uma jovem cheia de mistérios e aprendendo a se encaixar na sociedade. Ela vive apenas com o pai, que nas primeiras cenas, após um fatídico episódio, abandona a filha. Cena essa que traz a maior tensão sexual, mas do nada, a jovem morde o dedo da colega, com direito a super close em pele esticando, sangue e ossos.
Deixando apenas uma fita cassete, o pai foge. Conforme ela vai ouvindo o conteúdo da fita e tentando sobreviver sozinha, o longa vai destrinchando as explicações do “problema” dela, a fome, a sede, a necessidade de devorar pessoas. Nessa caça à verdade, ela vai conhecer Lee (Timothée Chalamet), um jovem já experiente na arte de devorar. Eles vão se conhecendo e se apaixonando. Com tantos dilemas, a jovem fica perturbada entre entender e aceitar seu destino. Ela sabe que precisa devorar para sobreviver, gosta da sensação, de como fica saciada, porém, sente culpa pelas vidas ceifadas.
Lee vai se tornando seu primeiro amor, cuidando dela, ensinando a sobreviver, e vão se apaixonando. E o expectador fica num misto de dúvida: Eles são bons, são maus? Todos têm direito de amar? Até mesmo os canibais?
Para responder essas e outras perguntas, vocês precisam apreciar essa obra prima. O filme é grotesco e lindo ao mesmo tempo. Uma fotografia mórbida, porém com um toque de sutileza. Eu diria que é mesmo de arrepiar “Até os ossos”.
Confira o trailer: