A New Line Cinema e a Renaissance Pictures apresentam um retorno à icônica franquia de terror “Uma Noite Alucinante” com o lançamento de A Morte do Demônio: A Ascensão (Título original Evil Dead Rise), do diretor e roteirista Lee Cronin (“O Bosque Maldito”, “Minutos Depois da Meia-Noite – Trem Fantasma”). Com estreia agendada para quinta-feira (20 de abril), o filme estrelado por Lily Sullivan (“I Met a Girl”, série “Barkskins”), Alyssa Sutherland e Morgan Davies, dialoga a problemática da maternidade solo.
Além dos sustos já esperados do gênero, o filme traz muito sangue e cenas consideradas grotescas para quem tem estômago fraco. Segundo informações da distribuidora internacional do filme, Warner Bros. Pictures, foram gastos 6.500 litros de sangue cenográfico, quantidade equivalente a mais de 1.300 pessoas. Mas, nem só de sustos vivem os filmes de terror, o mais interessante é sempre o que diz nas entrelinhas. Entre um arrepio e outro, conseguimos prestar atenção na história contada por trás de tanta maldição, e isso, é o que mais amedronta, a realidade do discurso.
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No filme, Beth (Lily Sullivan) tem uma relação distante com a irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que mora com os três filhos em um pequeno apartamento. Após descobrir uma gravidez, aparentemente indesejada, ela vai até Los Angeles em busca de uma reaproximação entre as irmãs. Porém, se depara com uma mãe solo, abandonada pelo marido e se desdobrando para criar sozinha os filhos num sucateado apartamento, em um prédio que será interditado de tão precária o estado da construção.
Os filhos de Ellie saem para comprar pizza, no retorno, são surpreendidos por um terremoto de escala 5,5 na escala Richter, abrindo um buraco no estacionamento do edifício onde moram. Danny (Morgan Davies), o filho mais velho, banca o curioso e desce até lá para conferir o que parece ser um cofre antigo. Ele encontra um livro e alguns discos de vinil, que juntos dão vida a demônios possuidores de carne. Para sobreviverem, serão forçadas a enfrentar uma versão aterrorizante da família.
O que era para ser uma noite tranquila, vira um encontro macabro. No desenrolar de possessões, mortes e muito (mas muito mesmo!) sangue, nos deparamos com falas como:
“Agora estou livre. Livre de todos vocês, parasitas, sugadores de tetas!”
Essa frase é dita pelo demônio, mas saindo da boca de uma mãe, o que pode despertar gatilhos. A verdade é que, muitos romantizam a maternidade, porém, só quem é mãe sabe os desafios enfrentados e o quanto é preciso se doar para outro ser humano. Agora, peguem essa árdua tarefa e multiplique por três.
E quando uma mãe comete qualquer deslize, ou, nem sequer é um deslize, apenas por não estar nos “padrões de mãe perfeita” exigidos pela sociedade, os críticos estão de prontidão para os julgamentos. Recentemente, acompanhamos a polêmica envolvendo Evaristo Costa e Virgínia Fonseca. Explicando rapidamente, Virginia postou um vídeo, onde sua filha Maria Alice chora para tomar vacina. No colo da babá, no entanto, a criança fica mais calma. Pronto! Bastou isso para que os internautas soltassem seus comentários afiados. Mas o que chamou a atenção mesmo, foi a fala do jornalista Evaristo Costa, já afastado da Tv:
“Já ouviram falar: “mãe é quem cria?”
Sim, Evaristo! Mãe é quem cria! E mais mãe ainda, é quem cria sozinha! Quando vamos falar de abandono paterno?
É muito fácil tecer críticas a uma mãe, sem saber o contexto em que ela está inserida e todos seus desafios. Se para uma mãe famosa, como a Virgínia, já não é uma tarefa fácil encarar os julgamentos, imaginem para àquelas menos abastadas, da periferia, tendo que escolher entre trabalhar e deixar os filhos com terceiros ou cuidar deles e não ter fonte de renda. E muitas, sem apoio paterno, solos. Fato é que, existem sim alguns “demônios” dentro das mães, que, se não controlados, de preferência com ajuda profissional, levam muitas à depressão.
Beth (Lily Sullivan) também está grávida. O filme não mostra o contexto, quem seria o pai, em quê circunstâncias aconteceu. Todavia, ela também ouve críticas: “Vadia! Abriu as pernas mais uma vez! Vou resolver o seu problema!”, frases do “demônio” ao tentar tirar o filho da barriga com suas garras enormes. Mais um julgamento que mães solos sofrem. E se quiserem abortar? Nem pensem, os julgadores vem aí…
Mas e o pai? Onde estão os pais dessas crianças todas do filme? E os da vida real? Cadê eles? Quem são?
Esse é o “X” da questão. Onde eles estão? Ninguém sabe! O que sabemos é que o filme é impecável e merece salas lotadas prestigiando mais essa obra-prima de Lee Cronin. Com produção de Rob Tapert (série “Ash vs Evil Dead”, “O Homem nas Trevas”), Lee Cronin é acompanhado atrás das câmeras pelo diretor de fotografia Dave Garbett (“Os Últimos da Terra”, “Anjos da Noite – A Rebelião”), pelo designer de produção Nick Bassett (“Armas em Jogo”, série “Sweet Tooth”), o editor Bryan Shaw (séries “Ash vs Evil Dead”, “Spartacus”) e a figurinista Sarah Voon (“Chasing Great”, série “Inside”). A trilha sonora é de Stephen McKeon (“O Bosque Maldito”, “Primitivo”).
ACESSIBILIDADE
A Morte do Demônio: A Ascensão é um filme que possui recursos de acessibilidade: legenda descritiva, audiodescrição e libras. Para ter acesso a uma dessas versões, basta clicar AQUI.
Confira o trailer:
Trailer com acessibilidade: