Em meio à agitação da era digital, onde somos bombardeados por inovações tecnológicas, big data e inteligência artificial, a figura do filósofo pode parecer, à primeira vista, anacrônica. Contudo, esta imagem não poderia estar mais distante da realidade.
Desde os tempos antigos, os filósofos têm sido vitais para nos ajudar a moldar nossa compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Suas indagações, que muitas vezes começam com um simples “por quê?”, nos levaram a explorar os recônditos da mente humana, as complexidades da natureza e os mistérios do cosmos. E, ainda que as ferramentas e contextos mudem, essa essência inquiridora permanece mais relevante do que nunca.
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A era digital, embora rica em inovações e possibilidades, também nos apresenta dilemas éticos, sociais e existenciais sem precedentes. Quem, senão o filósofo, está equipado para nos guiar por esse novo território, questionando o propósito e o impacto desses avanços em nossa humanidade?
Vale ressaltar que a filosofia não é um privilégio exclusivo de acadêmicos e eruditos. Kant, um dos principais filósofos da modernidade, nos exortou a “Ousar Saber” (Sapere Aude). Esta máxima não se restringe apenas aos corredores das universidades, mas a todos nós. Ela nos convida a nos aproximar do conhecimento de forma amigável e genuína, impulsionados pelo desejo sincero de entender e, assim, contribuir para um mundo mais esclarecido.
Em uma noite dessas, ao me deitar na cama com o Pepe (meu filho, Pedro Lucca) e com minha esposa (sim, o Pepe ainda dorme na cama com os pais) fomos surpreendidos por uma pergunta do nosso pequeno pensador: “Papai, por que estamos vivos?”.
Uma pergunta que ecoa nas mentes de todos, independentemente da idade. Eu lhe disse que muitos acreditam que o sentido da nossa existência é encontrar a felicidade. Expliquei que alcançamos essa felicidade sendo uma pessoa boa, sendo virtuoso.
E, após essa conversa, ele, com seus olhos brilhando, olhou para nós e disse que já havia descoberto o propósito de sua vida, porque ele já era feliz. E isso, queridos leitores, é a essência da filosofia, encontrar respostas para as perguntas mais profundas, como a que Aristóteles nos apresentou sobre a busca pela felicidade, respostas essas que nem sempre conseguimos encontrar, mas o importante é sempre continuar perguntando.
Mas, como incorporar a filosofia em nosso cotidiano? Aqui vão algumas dicas práticas para que você possa cada vez mais encontrar o propósito e o significado de sua existência:
1. Questionar Sempre: Nunca aceite as coisas como elas são. Pergunte “por quê?”, “como? Onde?”.
2. Leia e Aprenda: Explore os grandes pensadores. De Platão a Nietzsche, cada um tem algo a oferecer.
3. Converse: Discuta ideias. Troque experiências. A filosofia nasce do diálogo, seja consigo mesmo, com os outros, ou com o Grande Outro (Deus).
4. Reflexão Diária: Reserve um momento do seu dia para refletir sobre sua vida, suas ações e seus desejos. É com esse intuito que procuro escrever esses artigos (e também criar os meus vídeos no @CanaldoDjalma no Youtube), espero que esses breves minutos de leitura do seu dia seja de muita reflexão.
5. Seja Autêntico: Em um mundo de aparências, ser verdadeiro consigo mesmo é o maior ato filosófico que você pode dar a si mesmo e à sociedade.
A filosofia, portanto, não é mera especulação abstrata, mas um guia prático para navegar pelas águas, por vezes turvas, da existência humana. Em um mundo em constante mudança, a perspectiva filosófica pode ser a âncora de que precisamos para encontrar significado e propósito.
No final das contas, todos nós temos um pouco de filósofo dentro de nós. E, talvez, esse filósofo interior seja a chave para uma vida mais plena e significativa.
Por isso, um feliz dia do filósofo para todos nós!