Uma pesquisa conduzida pela Annals of Internal Medicine fornece novas perspectivas sobre a eficácia dos exercícios físicos como medida preventiva para a osteoartrite do joelho. Ao analisar 189 pacientes diagnosticados com a condição e com histórico de dor, o estudo comparou terapias de exercícios de alta dose (com 11 exercícios, totalizando 70 a 90 minutos) e baixa dose (com 5 exercícios, totalizando 20 a 30 minutos).
Sob a supervisão de fisioterapeutas, programas personalizados foram aplicados, abrangendo exercícios globais (aeróbicos), semiglobais (multissegmentares) e locais (específicos para articulações), realizados três vezes por semana ao longo de 12 semanas. Os resultados indicaram benefícios associados aos exercícios em altas doses, especialmente no que diz respeito à função do joelho em atividades esportivas e recreativas, assim como na qualidade de vida.
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A osteoartrite, também conhecida como artrose, é uma condição comum que afeta as articulações, resultando no desgaste progressivo da cartilagem que as reveste. Esse desgaste prejudica a capacidade da cartilagem de amortecer impactos e proporcionar uma superfície de deslizamento suave entre os ossos, levando a sintomas como dor, inchaço e limitação de movimento nas articulações afetadas. A osteoartrite pode impactar significativamente a qualidade de vida, sendo uma das principais causas de dor crônica e restrição funcional.
Segundo o médico ortopedista Dr.Marco Aurélio S. Neves, o estudo demonstrou que a prática de uma atividade física regular seria extremamente benéfica aos portadores de osteoartrite, reduzindo a dor e a rigidez nas articulações, aumentando a flexibilidade, a força muscular, a saúde do coração e a resistência ao esforço.
“Muito além de fazer bem para o organismo e para a saúde como um todo, a prática de atividades físicas também é fundamental para o fortalecimento dos ossos”, diz Neves, ressaltando que isso se deve ao fato de que o exercício físico feito de maneira regular aumenta a força muscular, auxiliando, assim, no fortalecimento dos ossos e das articulações.
Publicado na revista Lancet em agosto de 2023, um estudo do Instituto para IHME (Métricas e Avaliação em Saúde) dos Estados Unidos projeta que, até 2050, a osteoartrite poderá afetar mais de 1 bilhão de pessoas. No Brasil, dados do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia) revelam que mais de um terço dos pacientes diagnosticados no Instituto apresentam osteoartrite.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) destaca que a maioria dos casos ocorre em indivíduos com mais de 55 anos, sendo que 60% são do sexo feminino. Acometendo principalmente o joelho, com uma prevalência de 365 milhões, essa condição articular prevalece, seguida pelo quadril e pela mão. No total, aproximadamente 528 milhões de pessoas são afetadas com a patologia em todo o mundo.
Ainda segundo a OMS, a atividade física regular é um fator chave de proteção para prevenção e controle das inúmeras doenças, tais como as cardiovasculares, diabetes tipo 2, diversos tipos de cânceres e doenças das articulações. O Dr. Marco Aurélio S. Neves afirma que os exercícios físicos são importantes não só para a saúde geral, mas também são uma maneira de fortalecer seus ossos e articulações, melhorar seus movimentos e aliviar a dor. “Mesmo um treino moderado pode diminuir os sintomas da artrite reumatoide”, disse.
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