Um vídeo que circula nas redes sociais, publicado pelo Núcleo Periférico, mostra um homem de 47 anos, identificado como Anderson de Oliveira Veiga, sendo imobilizado por seguranças da Rodoferroviária de Curitiba. O homem, durante a agressão que ocorreu na madrugada de segunda-feira (4/12), acabou morto.
Nas imagens, um dos seguranças aparece com o joelho sobre as costas do homem, que se debate no chão. Outro segurança aparece pisando nas pernas de Anderson. Enquanto isso, um terceiro observa tudo e conversa calmamente com os companheiros.
• Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!
Na sequência das imagens, que estão editadas, um homem uniformizado como fiscal da Urbs (Urbanização de Curitiba) aproxima-se e tenta reanimar o corpo que já está imóvel. O vídeo é cortado para a chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e os socorristas também tentam reanimá-lo, mas sem sucesso.
Segundo relatos de testemunhas, os seguranças alegaram quem teriam removido o homem porque ele teria tirado a camiseta dentro da Rodoferroviária e estaria alterado dentro do local. Segundo relatos, as agressões começaram próximo às 3h00 da manhã, mas a ambulância foi chamada no local somente às 6h00.
Em nota, a Urbs diz que lamenta profundamente o ocorrido na Rodoferroviária na madrugada do último dia 4/12, e afirmou que está colaborando com a Polícia Civil para investigação. A empresa de economia mista que administra equipamentos e espaços públicos, além do sistema de transporte da cidade de Curitiba, também diz que “repudia de maneira veemente qualquer tipo de violência e não medirá esforços para a rigorosa apuração dos fatos”. E informa que instaurou um processo administrativo junto à empresa terceirizada que faz a segurança no local para apurar responsabilidades e pediu o afastamento imediato dos seguranças envolvidos no caso.
A PCPR (Polícia Civil do Paraná), em nota exclusiva para o Diário de Curitiba, afirmou que está investigando o caso e realizando todas as diligências a fim de esclarecer os fatos. A PCPR também informou que solicitou imagens das câmeras de segurança da Rodoferroviária e aguarda laudos complementares que darão auxílio no andamento das investigações e apontarão a causa da morte.
O Diário de Curitiba entrou em contato várias vezes com o Grupo Intersept, empresa terceirizada que faz a segurança na Rodoferroviária, para saber detalhes da abordagem que resultou na morte Anderson de Oliveira Veiga, mas até o fechamento desta reportagem não obteve respostas (atualizaremos esta matéria assim que a empresa responder).