O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 25, o término dos acordos com a oposição para as eleições presidenciais de 2024, alegando ameaças de “planos” para assassiná-lo. Os acordos, firmados em Barbados em outubro passado durante mediação norueguesa, visavam realizar eleições presidenciais no segundo semestre deste ano, com observação internacional. Maduro afirmou que os acordos estão “mortalmente feridos” e colocou-os em “terapia intensiva”. O chefe da delegação do governo venezuelano, Jorge Rodríguez, havia anteriormente declarado que as eleições de 2024 aconteceriam “com ou sem acordo de Barbados”. Além disso, Rodríguez questionou a elegibilidade da líder opositora María Corina Machado, que venceu nas primárias da aliança de oposição, e afirmou que Maduro buscará a reeleição.
As acusações de tentativas de magnicídio são frequentes no governo venezuelano. Na semana passada, mais de 30 prisões foram anunciadas em relação a supostas conspirações envolvendo líderes opositores, agentes de inteligência dos EUA e do Exército colombiano. Rodríguez desafiou os facilitadores noruegueses a verificar os acordos e apresentou evidências das supostas conspirações. “Eles ficam dizendo ‘queremos verificar o estado dos acordos”. Venham para que possamos entregar todas as provas a vocês, e vocês terão que fazer algo.” A coalizão opositora Plataforma Unitária classificou as denúncias do governo como “ficção”.
• Clique aqui agora e receba todas as principais notícias do Diário de Curitiba no seu WhatsApp!
*Com informações da AFP