Eu sei que você chegou até aqui querendo saber de uma única coisa: Vale a pena assistir? Então vou direto ao ponto e dizer que sim! Vale, e vale o valor do ingresso para assistir no cinema. Eu estou no time das pessoas que deixaram de frequentar as salas de cinema. Primeiro porque a maior parte das salas fica dentro de shoppings, o que me causa grande agonia. Segundo, porque para a minha realidade, os ingressos são caros. E terceiro, porque a facilidade dos streamings conquista minha preguiça. Porém, Duna – Parte 2 é uma experiência para ser vivida por meio da grande tela.
O filme é a continuação da adaptação cinematográfica do livro homônimo de Frank Herbert, publicado em 1965. A história se passa em um futuro distante, em que a humanidade se divide em impérios feudais intergalácticos, que disputam o controle de um recurso escasso e valioso: a “especiaria”. Esse mineral, encontrado apenas no planeta desértico de Arrakis, é capaz de ampliar as capacidades cognitivas e permitir a navegação interestelar, em uma era em que a inteligência artificial foi banida.
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O filme acompanha a jornada de Paul Artreides (Timothée Chalamet), herdeiro do reino de Caladan, que se une ao povo fremen, nativo de Arrakis, para enfrentar os seus inimigos e cumprir o seu destino profetizado. Chani é a guerreira fremem interpretada por Zendaya, par romântico de Paul. Será mesmo? Duna é sobretudo um filme sobre escolhas, sobre dualidades e polaridades.
A Parte 1 eu assisti um tanto pelo notebook e outro tanto pelo celular (está disponível na Prime Vídeo). Duas horas e tanto de filme que foram parceladas em dias para que pudesse chegar ao fim. A distração com alguma outra atividade por vezes apareceu durante o filme e capturou minha atenção. Coisa que não aconteceu no cinema. Primeiro porque o celular ficou guardado e desligado. Depois, porque aquele cenário em tela grande… a Zendaya em tela grande! Nada pode nos distrair.
Uma das partes mais fascinantes de “Duna – Parte 2” é a sua imersão visual e sonora. Os efeitos especiais surpreendentes nos transportam para um universo complexo e visualmente deslumbrante. A trilha sonora, cuidadosamente elaborada, complementa magistralmente cada cena, intensificando as emoções e mergulhando o espectador ainda mais fundo na narrativa. Esses elementos combinados fazem de “Duna – Parte 2” não apenas um filme, mas uma experiência cinematográfica inesquecível.
Foram quase três horas de filme. E poderia já ter mais um da saga para emendar que eu permaneceria na sala. Não compraria pipoca porque é um absurdo de caro, mas levaria minhas coisinhas das Americanas para passar mais um tempo ali.
O filme é uma obra-prima da ficção científica, que impressiona pela sua qualidade técnica e artística. A direção de Villeneuve é impecável, criando um universo rico e complexo, que explora temas como política, religião, ecologia, guerra, amor, etc. A fotografia, a cenografia, o figurino e os efeitos especiais são de tirar o fôlego, retratando com fidelidade e beleza o mundo imaginado por Herbert.
A trilha sonora, composta por Hans Zimmer, é envolvente e emocionante, combinando perfeitamente com cada cena. O elenco é formado por atores talentosos e carismáticos, que dão vida aos personagens com profundidade e expressividade. Um dos planetas que briga por ascensão no Imperium é o planeta dos Harkonnens. Eles são aterrorizantes. Muitas das cenas desse clã me lembraram as propagandas e pronunciamentos da Segunda Guerra Mundial. O que me causou ainda mais arrepios.
O filme me trouxe uma experiência de cinema ainda não vivida nesses 42 anos de existência. E agora eu fico pensando quantos filmes nesses últimos anos eu posso ter achado ruim ou nem assistido direito, porque troquei a tela grande pela tela do celular. Duna – Parte 2 chega, na minha opinião, com o potencial de resgatar os fãs de cinema para o CINEMA.