A pesquisa Quaest encomendada pela RPC e divulgada nesta terça-feira (27) revela um cenário de alta competitividade para a Prefeitura de Curitiba em 2024. Eduardo Pimentel (PSD) lidera com 19% das intenções de voto, seguido de perto por Roberto Requião (Mobiliza) e Luciano Ducci (PSB), ambos com 18%, e Ney Leprevost (União), que aparece com 14%. Com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, os quatro candidatos estão tecnicamente empatados, configurando uma disputa aberta e imprevisível.
Análise do Cenário Político
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A corrida eleitoral em Curitiba reflete uma fragmentação do eleitorado e a falta de um claro favorito. Eduardo Pimentel, vice-prefeito da cidade e herdeiro político do atual prefeito Rafael Greca, desponta como líder, mas com uma vantagem mínima. A popularidade de Pimentel é reforçada por seu vínculo direto com a gestão atual, o que lhe confere um ponto de partida sólido, embora não definitivo.
Roberto Requião, com uma longa trajetória política, tem 18% das intenções de voto, mas enfrenta um alto índice de rejeição, com 51% dos entrevistados afirmando que não votariam nele. Este dado sublinha um desafio significativo para Requião, que precisará trabalhar para reverter essa percepção negativa, especialmente em um cenário onde o apoio do eleitorado se mostra volátil.
Luciano Ducci, que também registra 18%, apresenta um potencial de voto elevado, com 48% dos eleitores afirmando que votariam nele. Esse índice coloca Ducci como um candidato com forte viabilidade, capaz de atrair eleitores indecisos e consolidar sua posição.
Ney Leprevost, com 14%, completa o grupo dos principais candidatos, destacando-se por sua alta taxa de conhecimento entre os eleitores. Leprevost, conhecido por seu trabalho na área da saúde, pode capitalizar esse reconhecimento em uma campanha bem direcionada, especialmente se conseguir se diferenciar dos outros candidatos.
Números Gerais da Pesquisa
- Eduardo Pimentel (PSD): 19%
- Roberto Requião (Mobiliza): 18%
- Luciano Ducci (PSB): 18%
- Ney Leprevost (União): 14%
- Cristina Graeml (PMB): 5%
- Maria Victoria (PP): 4%
- Luizão Goulart (Solidariedade): 4%
- Professora Andrea Caldas (PSOL): 2%
- Samuel de Mattos (PSTU): 1%
- Felipe Bombardelli (PCO): 0%
- Indecisos: 6%
- Branco/nulo/não irão votar: 9%
Potencial de Voto e Rejeição
- Luciano Ducci (PSB):
- Conhecem e votam: 48%
- Não conhecem: 13%
- Conhecem e não votam (rejeição): 37%
- Não sabem/não responderam: 2%
- Ney Leprevost (União):
- Conhecem e votam: 45%
- Não conhecem: 17%
- Conhecem e não votam (rejeição): 35%
- Não sabem/não responderam: 3%
- Eduardo Pimentel (PSD):
- Conhecem e votam: 43%
- Não conhecem: 24%
- Conhecem e não votam (rejeição): 31%
- Não sabem/não responderam: 2%
- Roberto Requião (Mobiliza):
- Conhecem e votam: 39%
- Não conhecem: 7%
- Conhecem e não votam (rejeição): 51%
- Não sabem/não responderam: 3%
- Maria Victoria (PP):
- Conhecem e votam: 18%
- Não conhecem: 52%
- Conhecem e não votam (rejeição): 28%
- Não sabem/não responderam: 2%
- Luizão Goulart (Solidariedade):
- Conhecem e votam: 12%
- Não conhecem: 71%
- Conhecem e não votam (rejeição): 16%
- Não sabem/não responderam: 1%
- Cristina Graeml (PMB):
- Conhecem e votam: 11%
- Não conhecem: 78%
- Conhecem e não votam (rejeição): 11%
- Professora Andrea Caldas (PSOL):
- Conhecem e votam: 6%
- Não conhecem: 85%
- Conhecem e não votam (rejeição): 9%
- Felipe Bombardelli (PCO):
- Conhecem e votam: 3%
- Não conhecem: 89%
- Conhecem e não votam (rejeição): 8%
- Samuel de Mattos (PSTU):
- Conhecem e votam: 2%
- Não conhecem: 90%
- Conhecem e não votam (rejeição): 8%
A Influência dos Líderes Nacionais e Locais
A pesquisa também revela uma rejeição expressiva aos candidatos apoiados por figuras políticas nacionais e estaduais. O apoio de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 82% e 69% dos eleitores, respectivamente, indicando que a influência dessas lideranças pode ser mais um obstáculo do que uma vantagem na capital paranaense. Mesmo o apoio do governador Ratinho Junior (PSD), considerado mais alinhado com o eleitorado local, é rejeitado por 59% dos entrevistados.