Embora o assunto mereça constante atenção, ele ganha destaque especial agora no Setembro Amarelo, mês voltado à prevenção ao suicídio. Dois levantamentos recentes mostram que a taxa de suicídio entre adolescentes e jovens adultos é a que mais cresce no Brasil. Um estudo recente do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia (Cidacs) revela que a taxa de suicídio de pessoas entre 10 e 24 anos cresceu 6% ao ano entre 2011 e 2022, enquanto a taxa de notificações por autolesões na mesma faixa etária evoluiu 29%. Segundo o levantamento, o percentual de crescimento de suicídio entre jovens supera o da população em geral, que ficou em 3,7% ao ano.
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Para o psiquiatra, o aumento de suicídios entre adolescentes e jovens adultos tem causa multifatorial, mas um ponto a se observar é a falta de preparo que as gerações Z e Alpha têm, de maneira geral, para lidar com frustrações. “São gerações que se depararam menos com faltas e privações que as gerações anteriores e, por isso, têm dificuldade em lidar com as frustrações. Também podemos destacar no conjunto de fatores a sobrecarga de trabalho e a grande dificuldade de realização pessoal frente às exigências atuais de desempenho”.