As varizes são um problema que acomete muitos brasileiros. A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) aponta a existência de estudos que estipulam uma prevalência média de 38% da população com o problema. Os principais fatores de risco, segundo a entidade, são a hereditariedade, o sexo feminino, a faixa etária, a obesidade e o número de gestações.
Esses quesitos têm reforçado outro número, desta vez do Ministério da Saúde: em 2022, foram quase 46 mil mulheres internadas por varizes. Isso significa um aumento de 100% em comparação com o ano anterior, o que tende a ser explicado pelo período de isolamento social provocado pela pandemia de covid-19. Porém, ainda hoje é possível crer que as cirurgias para a retirada de varizes sejam reduzidas. Ou pelo menos substituídas.
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Isso porque os avanços científicos têm proporcionado tratamentos menos invasivos e com resultados mais eficientes. No caso das varizes, fala-se em resultados definitivos. Algo que vem ganhando força graças a uma técnica chamada endolaser, ou laser endovenoso.
“O laser endovenoso é pouco invasivo. São feitas incisões mínimas, apenas para inserir uma pequena fibra óptica sob a pele e eliminar as varizes. Essa fibra é aquecida o suficiente para dissolver cada uma delas. Como as incisões são muito pequenas, é necessário apenas anestesia local, o que dispensa até a necessidade de ser realizado no bloco cirúrgico”, esclarece a médica Camila Caetano, cirurgiã vascular pela SBACV.
A título de comparação, a varicectomia é um procedimento cirúrgico que demanda, em muitos casos, o uso da anestesia. “Isso retarda um pouco a alta hospitalar do paciente, e ainda pode provocar mais dores e hematomas. Inevitavelmente, as cicatrizes são mais evidentes, porque as incisões também são maiores. As varizes são retiradas manualmente”, afirma a médica.
Cicatrização
Camila Caetano pontua que o tempo de cicatrização também é menor no caso do laser endovenoso, e, ao mesmo tempo, deixa marcas mais discretas. “Como o endolaser é menos invasivo, a região da cicatrização também demanda menos esforços do organismo. Quanto menor a cicatriz, menor também é esse tempo de recuperação. No caso do laser, isso pode levar alguns dias até que se volte à vida cotidiana. Já a varicectomia exige um tempo maior, que pode ser de até duas semanas”, observa.