A urologia tem se consolidado como uma das especialidades médicas que mais incorporam avanços tecnológicos em seus procedimentos cirúrgicos. Nos últimos anos, técnicas minimamente invasivas como a cirurgia robótica e a cirurgia a laser têm redefinido padrões de tratamento, oferecendo maior precisão, menor trauma operatório e recuperação mais rápida aos pacientes.
Segundo dados divulgados pelo jornal Estado de S.Paulo e compartilhados pela Associação Médica Brasileira (AMB), o número de cirurgias robóticas no país cresceu 417% entre 2018 e 2023, passando de 17 mil para mais de 88 mil procedimentos realizados.
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De acordo com o médico urologista Dr. Hiury Andrade, a especialidade é a que mais investe em cirurgias menos invasivas, com destaque para os procedimentos realizados com auxílio de plataformas robóticas e cirurgias a laser. “Estima-se que cerca de 70% das cirurgias robóticas realizadas no mundo são da área urológica, o que reforça o protagonismo da especialidade. Na minha prática diária, todos os pacientes com câncer de próstata já são tratados dessa forma”, evidencia.
Segundo o especialista, a técnica robótica tem se mostrado eficaz não apenas na abordagem oncológica, mas também na recuperação pós-operatória. “O método permite a realização do procedimento por meio de pequenos cortes, com visão ampliada em três dimensões e alta precisão das pinças robóticas, que mimetizam os movimentos das mãos do cirurgião”, explica Dr. Hiury Andrade.
Entre os benefícios observados estão menor dor no pós-operatório, redução do risco de infecção e sangramentos, menor necessidade de transfusões, tempo de internação mais curto e retorno precoce às atividades habituais. Esses avanços levaram a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) a recomendar a inclusão da cirurgia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar o câncer de próstata.
Além da robótica, a cirurgia a laser tem ganhado espaço na prática clínica, especialmente no tratamento de cálculos renais. “Utilizando aparelhos finos e flexíveis associados ao laser, conseguimos navegar por todo o trato urinário e pulverizar as pedras, sem necessidade de cortes”, explica o urologista.
A técnica também tem sido aplicada em cirurgias de desobstrução da próstata, com vantagens como menor sangramento, tempo reduzido de uso de sonda e recuperação acelerada em comparação aos métodos convencionais.
Para Dr. Hiury Andrade, o avanço tecnológico tem contribuído para tornar os procedimentos mais seguros e menos agressivos. “Os equipamentos cirúrgicos evoluíram com câmeras de alta definição, robôs e aparelhos endoscópicos mais leves e versáteis, além de fontes de energia laser mais potentes, que reduzem o risco de sangramentos e diminuem o tempo operatório”, avalia. Essas melhorias, segundo ele, impactam diretamente a experiência do paciente e a eficiência dos procedimentos.
Para os próximos anos, o médico acredita que a Inteligência Artificial (IA) possa ser um dos principais vetores de transformação na urologia. “Ainda estamos apenas arranhando a superfície do que a IA pode oferecer. Ela deve contribuir para diagnósticos mais precisos, condutas mais assertivas e cirurgias com maior segurança”, projeta.
Além das cirurgias, Dr. Hiury Andrade avalia que outras áreas da urologia também têm sido beneficiadas pelas inovações tecnológicas: “Os exames de imagem, como tomografias, ressonâncias magnéticas e PET scans, passaram a fornecer informações mais valiosas para nossa tomada de decisão na prática clínica.”
“O uso e o acesso cada vez maior dessas tecnologias na especialidade tende a continuar beneficiando a vida de nossos pacientes e melhorando ainda mais o trabalho dos urologistas que estejam atualizados e abertos às novidades”, conclui.
Para saber mais, basta acessar: https://hiuryandrade.com.br/