A contratação de correspondentes jurídicos de forma automatizada tem se tornado uma opção entre escritórios de advocacia que buscam eficiência na realização de diligências em diferentes comarcas. A prática, que substitui o modelo tradicional de contratação individual, utiliza inteligência artificial (IA) para distribuir demandas de forma automatizada, com potencial de reduzir o tempo de execução e os riscos operacionais.
“Diferentemente do modelo tradicional, onde cada demanda é contratada individualmente, o sistema em lote utiliza a tecnologia para identificar automaticamente os correspondentes mais adequados com base em critérios como localização, especialidade e disponibilidade”, explica.
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Na prática, o processo começa com o envio das demandas por meio de planilhas ou integração via API. A plataforma analisa os dados e realiza o chamado ‘matchmaking’ com profissionais cadastrados, notificando-os instantaneamente por aplicativo. A gestão das diligências ocorre em um painel com uma interface única, com atualizações em tempo real das propostas.
Gian Nunes, cofundador do grupo e especialista em tecnologia, explica que a automação é o núcleo da operação: “Ela opera em camadas, desde o envio dos dados, passando pela distribuição inteligente das demandas, até a consolidação de relatórios. Isso permite que escritórios gerenciem centenas de diligências simultaneamente com o mesmo esforço operacional anteriormente necessário para algumas dezenas.”
A redução de tempo é uma das principais características apontadas pelos especialistas. De acordo com Pinheiro, escritórios que adotaram o modelo observaram diminuição de até 80% no tempo total gasto com gestão de correspondência.
“A solução pode eliminar o tempo de busca manual por correspondentes, que tradicionalmente pode levar horas para cada diligência. A operação inteligente do matchmaking pode encurtar para poucos minutos o tempo necessário para identificar e contactar profissionais adequados”, afirma.
O modelo também busca contribuir para minimizar erros de localização e falhas operacionais. A comunicação padronizada e o envio automatizado de informações podem reduzir ambiguidades e evitar equívocos comuns em lançamentos manuais. Já o acompanhamento das propostas em tempo real permite correções imediatas, com potencial de aumentar a previsibilidade na execução das tarefas.
A segurança, segundo Nunes, também é reforçada por notificações automatizadas e alertas sobre novas demandas, o que tem como foco evitar atrasos e permitir intervenções preventivas.
Futuro do setor jurídico é pautado pela inovação
O uso de correspondentes jurídicos não é novidade no setor. Tradicionalmente, esses profissionais atuam como representantes dos escritórios em comarcas onde não há presença física, realizando tarefas como protocolos, cópias de processos, audiências e obtenção de documentos. No entanto, a contratação em lote, aliada à automação, pode ampliar o alcance e a eficiência dessa prática.
Para o futuro, os especialistas do Grupo Adali vislumbram novas evoluções tecnológicas. Entre elas, a IA preditiva, capaz de antecipar necessidades de diligências com base em padrões processuais, e a integração nativa com sistemas de gestão dos escritórios.
“A evolução para ecossistemas totalmente integrados, onde correspondência jurídica será um componente de plataformas jurídicas abrangentes, representa a direção natural do mercado”, afirma Nunes. A automação de pagamentos também está no radar, diz ele.
Com mais de 2,3 milhões de conexões realizadas, a plataforma Correspondente Dinâmico, uma das soluções do Grupo Adali, tem demonstrado que a contratação em lote não apenas pode reduzir custos operacionais, mas também melhorar a qualidade dos serviços prestados.
“A padronização e automação permitem que escritórios de qualquer porte operem com eficiência comparável a grandes bancas, democratizando acesso a operações sofisticadas”, reforça o especialista.
A CEO afirma ainda que essa evolução não substitui o relacionamento humano na correspondência jurídica, mas potencializa a capacidade dos profissionais através de ferramentas inteligentes.
“O futuro da advocacia será definido pela capacidade de combinar expertise jurídica com eficiência tecnológica, e a contratação em lote de correspondentes representa um exemplo concreto dessa convergência”, conclui.
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