Pesquisas apontam que a inteligência artificial (IA) já é protagonista nos processos seletivos de empresas ao redor do mundo. De acordo com o relatório “The Future of Recruiting 2024”, 62% dos profissionais de recrutamento acreditam que a IA terá impacto positivo nos processos seletivos.
No Brasil, o relatório indica 71% dos recrutadores afirmando que ferramentas de IA melhoram seu desempenho. No entanto, mesmo com algoritmos capazes de analisar milhares de currículos em segundos, há algo que a tecnologia ainda não consegue captar: a essência humana.
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O que a IA já faz — e faz bem
Segundo uma pesquisa da VenueLabs, a inteligência artificial já mostra resultados concretos no recrutamento e gestão de talentos oferecendo:
Eficiência em destaque: 67% dos líderes de contratação apontam a economia de tempo como o principal benefício da IA, enquanto 58% dos recrutadores a consideram essencial na triagem de candidatos;
Foco em talentos: 24% das empresas utilizam IA para identificar profissionais de alto desempenho, reforçando seu papel estratégico na aquisição de talentos;
Gestão ampliada: 60% das organizações já aplicam IA na gestão de talentos, indo além da contratação e fortalecendo o ciclo completo de pessoas.
Apesar dos benefícios da IA, uma pesquisa da USP, citada em uma matéria da Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo (AgênciaSP), indica que a ferramenta ainda apresenta limitações na seleção de candidatos.
Kstack: onde a tecnologia encontra o fator humano
A Kstack, uma startup que atua como consultoria especializada em serviços de Hunting de TI e Professional Services para o mercado tech, utiliza IA para filtrar currículos com base em critérios técnicos e comportamentais, com cerca de 15% dos candidatos sendo encaminhados para a próxima etapa com envolvimento humano direto. “A IA nos ajuda a ganhar tempo e precisão, mas a decisão final ainda é feita por pessoas que sabem reconhecer brilho nos olhos, ética e entusiasmo”, afirma Priscila Oliveira, Head de Cultura e Pessoas da empresa.
“Atuamos como parceiros das empresas, principalmente daquelas que não têm um RH estruturado ou em grandes projetos em que o RH precisa de uma força para fechar um número alto de vagas em tecnologia”, afirma a executiva, explicando que a startup trabalha como parceira principalmente de empresas que não possuem uma área de talent estruturada. “Somos especializados em realizar o processo seletivo end to end para as empresas”.
Além disso, Oliveira ressalta que a startup investe em encontros presenciais, jogos internos e avaliações de performance personalizadas para manter o engajamento dos colaboradores e reforçar sua cultura centrada em pessoas.
O futuro é colaborativo
Segundo um levantamento da Think Work Lab, 78% dos RHs mais inovadores do Brasil já utilizam IA, principalmente em recrutamento e comunicação. Sobre isso, a executiva alerta: “O sucesso da IA depende de sua integração com a expertise humana e a tecnologia deve ser uma aliada, não uma substituta. Atuamos de forma rápida e estratégica para encontrar os melhores talentos e nos preocupamos não apenas com o fit técnico, mas também cultural. Assim que a vaga é aberta, realizamos o alinhamento técnico e comportamental com nossos especialistas e o gestor da vaga. Em até sete dias, o gestor terá candidatos aderentes ao perfil alinhado”, finaliza.




