Por: Paulo Dalla Stella

Se você ainda confunde humildade com submissão humilhante, simplicidade ignorante, fraqueza de espirito ou pobreza material, falta de ambição ou de “culhões”, está mais do que na hora de você rever seus conceitos sobre o verdadeiro poder existente no conceito super atual de humildade verdadeira e em ver o mundo sobre o ângulo do anti arrogante, do super confiante e do super “cool” ser humano que entende direitinho como funcionam relações humanas, a arte do carisma, poder de persuasão e magnetismo pessoal tão essenciais no ambiente tão incerto em que vivemos hoje.
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Se você acredita que ter humildade e renegar sua natural vulnerabilidade é “conversa pra boi dormir” ou coisa de livro de autoajuda new age, “hiponga” antiquado e fora da realidade, daí sim, diria que você já passou da hora de mudar sua visão do que realmente empodera as pessoas neste mundo atual onde a geração Z que começa a entrar no mercado de trabalho já parece ter nascido como um chip anti arrogância na cabeça, embora pareça o contrário. Não confunda humildade com fraqueza ou falta de autoconfiança, pois é justamente o contrário. Os mais humildes e “na deles” serão muitas vezes aquelas maiores fontes de autoconfiança existentes em sua empresa ou vida pessoal.
O verdadeiro humilde é aquele que não precisa se gabar e mostrar o quanto é “o cara” pois ele tem certeza pra ele mesmo que já o é. O verdadeiro humilde pode parecer submisso mas, assim parece, somente porque sabe que não vale a pena bater de frente com alguém ou algo sobre o qual não possui controle algum. Ele sabe que aquele que tenta dominar a situação com rédeas firmes e de maneira agressiva e arrogante irá mais cedo ou mais tarde “cair de cima do cavalo” de sua prepotência e falta de noção. O verdadeiro e poderoso humilde é aquele que espera a hora certa de falar pois sabe que depois que todos já praguejaram e destilaram seus venenos, poderão cansados, ouvi-lo melhor. O verdadeiro cool e humilde é aquele que tem tanta força pessoal e ambição que confia na hora certa de mostrar suas ideias e projetos, pois quando todos achavam que ele estava morto em sua humilhante submissão, ele, entendendo que todos somos iguais e só nos diferenciamos no quanto acreditamos em nós mesmos, esperará o momento oportuno para com calma, depois que todos erraram e se perderam por isso, assumir a posição de salvador, assumir o erro por todos e sem perder tempo, usar o aprendizado da experiência e retomar o projeto com vitória.
O humilde não tem medo de errar, pois sabe que isso faz parte de seu crescimento, ao contrário do arrogante que jamais admite um deslize pois isso pareceria, em seu modo antiquado de ver as coisas, um baque tremendo ao seu ego “à la” Dom Draper do famoso seriado Mad Men, o que acaba por prejudicar a todos a sua volta em curto ou médio prazo. E falando nisso, os fantasticamente irrequietos e disruptivos (sim, pra época!) mas ainda assim muito preconceituosos anos 60, há muito ficaram pra trás. As gerações atuais e podemos muito aprender com eles, entendem perfeitamente que a arrogância cria julgamentos de não aceitação das diferenças, cria ideia ilusória de poder, cria visão limitada de crescimento e cria medo, sim, pois o arrogante é sobretudo um grande medroso. O humilde, por sua vez, entendendo que o mundo não é somente dele, fará parte do todo e poderá contribuir mais com a noção de que cada um tem um talento individual pessoal que é produtivo ao geral e que deve ser encorajado ao invés de julgado com ares preconceituosos. O humilde entende que de tudo e com todos se aprende algo para o crescimento da sociedade como um todo. O humilde se cala as vezes porque sabe que o tempo hoje em dia “passa mais rápido” e que não vale nada a pena gasta-lo com futilidades. O humilde foca e vai em frente pois não perde tempo querendo mostrar a cada “parada estratégica” aquilo que já fez. O humilde não faz o boi dormir por saber que sua atitude de confiança extrema deveria ser a regra e não a exceção, então para não constranger os barulhentos pavões inseguros à sua volta, prefere não perder tempo contando histórias irreais de glorias do passado que não fazem mais sentido pra ninguém hoje em dia. O humilde é sobretudo “o cara” cool.