Em meu último artigo eu te provoquei dizendo que não importava se você era um amador na cozinha ou um profissional da indústria, deveria conhecer o Noma. Pois bem, se ganhar a terceira estrela Michelin não foi suficiente para te convencer, agora em 2021, Rene Redzepi e sua “trupe” não deixam dúvidas.
Sim! Você precisa conhece-los, estuda-los, dissecá-los, pois eles são, assim como já foram por 4 vezes os melhores do mundo, agora depois de fechar as portas em 2016, novamente os melhores do planeta. Certa vez Rene disse, “o sucesso te limita”, foi pensando nisso que ele resolveu fechar o seu premiado restaurante e reabrir novamente somente em 2018, em um novo endereço ainda na cidade de Copenhagen, em 2019 a maior crise dos últimos anos chegou e acabou com muitos sonhos, mas em 2021 o auge acontece novamente.
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Rene é daqueles caras que realmente mudam o mundo, falando de gastronomia, em minha humilde opinião, é o sucessor de outra grande mente, o de Ferran Adriá e seu premiado Ell bulli. Se você ama gastronomia e quer ter um norte a seguir, um ídolo a conhecer e um local a estudar, o Noma e Rene devem ser seus objetivos. Não somente pelos prêmios, mas por tudo que estes caras fazem pelo mundo da comida, sua preocupação com o produto e produtore sua constante busca pela evolução.
René por exemplo foi o chef que tirou o cozinheiro/chef da cozinha e o levou para o salão, pois segundo ele, não poderia ter ninguém melhor para explicar o prato ao cliente do que aquele que o preparou, eu concordo!
Além disso a grande preocupação com sua equipe e a constante busca pela criatividade e bem estar dos colaboradores faz do Noma o melhor do mundo, não é apenas comida, mas sim tudo que a envolve e a desenvolve. Outros chefs ao redor do mundo já estão seguindo seus passos e transformando a indústria em algo novo, vibrante e desafiador para os jovens cozinheiros.
Seguindo os mesmos passos está o nosso maior orgulho atualmente, A casa do Porco do chef Jeferson Rueda, que ficou com a posição de número 17 (dezessete), no ranking. Jeferson vai além e com a criação do Sitio Rueda se tornou o próprio produtor, controlando assim quase que toda a cadeia do campo ao restaurante, garantindo assim a qualidade do produto consumido pelo cliente, quase um Stone Barns brasileiro.
Além destes já citados, acredito ser importante dar créditos a outros restaurantes ao redor do mundo que fazem parte da lista atual, nomes como Geranium, também da Dinamarca, segundo colocado. Os peruanos Central (4) e Maido (7), os mexicanos Pujol (9)e Quntonil (27), além do Léo (46) da Colombia, Boragó (38) Chile, eDom Julio (13) Argentina, fazem o orgulho das américas, isso sem contar os norte-americanos Cosme, NY(22), Benu, São Francisco (28), Atomix, NY (43) e Atelier Crenn, São Francisco (48) completam a lista para o lado de cá do globo.
Importante mencionar os asiáticos, aos quais sempre temos um certo pré-conceito não é mesmo, são eles Suhing, Bangkok (40), Uktraviolet, Shangai (35), Narizawa, Tokyo (19), Den, Tokyo (11), e uma menção especial do sul africano Wolfgat, Patemoster (50) indicado inclusive como o melhor restaurante na Africa.
Agora lhes pergunto ó mequetrefes, o que estes restaurantes ao redor do mundo têm em comum ? Lhes respondo, muita determinação, muita preocupação com o produto e produtor, podemos dizer que esta talvez seja a nova grande revolução da gastronomia mundial.
Dito isso, temos dois caminhos a seguir, ou acompanhamos e fazemos melhor, ou ficamos para trás nas futuras colocações destas premiações, seja de estrelas Michelin ou críticas de 50 melhores do mundo. Lhes digo, vamos em busca do sucesso, mas não nos deixemos nos acomodar, pois foi isso que fez René. Acredito muito que este seja o melhor caminho, não desistam até chegar lá, e quando chegarem coloquem tudo abaixo e busquem novamente.
Que Deus nos ajude nesta caminhada.